A administração Trump intensifica operações de segurança na fronteira sul.
A administração Trump cria uma nova zona militar na Califórnia, ampliando as operações de segurança na fronteira com o México.
A recente decisão da administração Trump de criar uma nova zona militar na Califórnia reflete um esforço contínuo para intensificar as operações de segurança na fronteira entre os Estados Unidos e o México. O Departamento do Interior anunciou que a jurisdição ao longo da maior parte da fronteira internacional da Califórnia será transferida para a Marinha, com o objetivo declarado de reforçar o papel das terras públicas na proteção da soberania nacional.
Contexto da Militarização da Fronteira
Essa nova zona militar se estende desde a linha do estado do Arizona até a região do Otay Mountain Wilderness, abrangendo o Vale Imperial e comunidades fronteiriças como Tecate. Desde abril, diversas áreas ao longo da fronteira foram designadas como zonas militarizadas, permitindo que as tropas dos EUA apprehendam imigrantes e outros acusados de invasão em bases do Exército, Força Aérea ou Marinha. A implementação dessa estratégia militar já resultou na mobilização de mais de 7.000 soldados, além de um arsenal de helicópteros, drones e equipamentos de vigilância.
Detalhes da Nova Zona Militar
A nova zona, conforme descrita pelo Departamento do Interior, é considerada uma área de alto tráfego para atravessamentos ilegais por imigrantes. No entanto, as prisões realizadas pela Patrulha Fronteiriça caíram para o ritmo mais lento desde a década de 1960, mesmo diante dos esforços da administração Trump para promover deportações em massa. O secretário do Interior, Doug Burgum, afirmou que, ao colaborar com a Marinha para fechar lacunas de segurança, o governo está fortalecendo a defesa nacional e protegendo as terras públicas de usos ilegais.
Implicações Legais e Políticas
A militarização da fronteira foi acentuada por uma declaração de emergência feita por Trump, que posicionou o exército em um papel central na contenção de cruzamentos migratórios entre os portos de entrada dos EUA. Especialistas jurídicos alertam que essa estratégia pode infringir uma proibição sobre a aplicação da lei militar em solo norte-americano, levantando preocupações sobre a politicização das missões militares. Além disso, a nova zona militar foi anunciada em um momento em que um juiz federal ordenou a Trump que interrompesse o envio da Guarda Nacional da Califórnia para Los Angeles, devolvendo o controle dessas tropas ao estado.
A mobilização de mais de 4.000 soldados da Guarda Nacional da Califórnia em junho ocorreu sem a aprovação do governador Gavin Newsom, o que complicou ainda mais a relação entre a administração federal e o governo estadual, evidenciando as tensões políticas em torno da segurança na fronteira.
Fonte: abc7.com
Fonte: AP logo



