Novas abordagens no combate à dengue e outras doenças tropicais

Estratégias inovadoras buscam enfrentar o aumento das enfermidades relacionadas a mudanças climáticas

Novas abordagens no combate à dengue e outras doenças tropicais
A intensificação das mudanças climáticas afeta a distribuição dos mosquitos. Foto: Getty Images

Mudanças climáticas aumentam a incidência de dengue e outras doenças tropicais, exigindo novas estratégias de combate.

A intensificação das mudanças climáticas tem alterado o comportamento dos mosquitos transmissores de doenças tropicais, ampliando sua distribuição geográfica e tornando mais difícil o controle de enfermidades como dengue, leishmaniose e doença de Chagas. O cenário atual exige respostas diferentes das adotadas até hoje, segundo o biólogo Rodrigo Gurgel Gonçalves, professor da Universidade de Brasília (UnB).

Aumento da incidência de doenças

O aumento da temperatura global favorece a densidade de mosquitos, podendo elevar em até 35% a incidência de dengue em algumas regiões. Métodos tradicionais, como visitas domiciliares e fumacê, mostraram-se ineficazes no controle da dengue, indicando a necessidade de novas abordagens.

Novas tecnologias em teste

Dentre as inovações, destaca-se o método Wolbachia, onde mosquitos recebem uma bactéria que reduz pela metade sua capacidade de transmitir dengue, zika e chikungunya. Outra estratégia é a borrifação residual intradomiciliar, que pode eliminar até 96% da densidade de mosquitos em áreas estratégicas como escolas e unidades de saúde.

Vigilância comunitária e armadilhas

Para o controle da doença de Chagas, a vigilância comunitária tem se mostrado eficaz, com moradores fotografando insetos suspeitos e usando plataformas de inteligência artificial para identificação. Para a leishmaniose, estão sendo testadas armadilhas que atraem os flebotomíneos com feromônios, oferecendo novas alternativas de controle.

Integração das inovações

Essas novas alternativas demonstram caminhos para enfrentar o crescente desafio das doenças tropicais negligenciadas. A integração das inovações em vigilância e controle é essencial para fortalecer os sistemas de saúde e enfrentar os impactos das mudanças climáticas na saúde pública.

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