Limites mais rígidos e inclusão de novos exames

A SBC atualizou diretrizes sobre colesterol, estabelecendo limites mais rigorosos e recomendando novos exames.
Em 24 de setembro de 2025, às 16h, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) apresentou atualizações importantes em suas diretrizes sobre colesterol e prevenção de doenças cardiovasculares. As novas regras impõem limites mais rígidos e introduzem a categoria de risco extremo, além de recomendar a dosagem da lipoproteína(a), um exame inédito no Brasil.
Mudanças nas metas de colesterol
As novas metas estabelecidas pela SBC indicam que pacientes de baixo risco cardiovascular devem manter o LDL abaixo de 115 mg/dL. Para aqueles que se enquadram na nova categoria de risco extremo — que inclui pacientes com eventos recorrentes ou progressão acelerada da aterosclerose — o limite foi fixado em 40 mg/dL. Essa mudança reflete a crescente preocupação com o controle eficaz do colesterol, uma vez que muitos pacientes não conseguem atingir os níveis adequados apenas com medicamentos.
Importância da lipoproteína(a)
Outro ponto crucial é a recomendação de medir a lipoproteína(a) pelo menos uma vez na vida. Este marcador, que possui forte influência genética, pode reclassificar o risco do paciente, mesmo na ausência de fatores de risco tradicionais. Com isso, a SBC espera aumentar a eficácia na detecção precoce e no manejo do colesterol elevado.
Estratégias de tratamento
Diante das dificuldades que muitos pacientes enfrentam para alcançar os níveis ideais de colesterol, as novas diretrizes sugerem considerar combinações de medicamentos, como estatinas associadas à ezetimiba, desde o início do tratamento para aqueles em maior risco. Essa abordagem visa proporcionar uma redução mais significativa do LDL e melhorar a prevenção de infartos e AVCs.
Expectativa de melhorias na saúde pública
Com essas novas recomendações, a SBC espera ampliar a prevenção e melhorar o controle do colesterol no Brasil, visando reduzir a mortalidade relacionada às doenças cardiovasculares, que continuam a ser as principais causas de morte no país e no mundo. A expectativa é que, com um foco mais rigoroso e estratégias bem definidas, a sociedade esteja mais preparada para enfrentar esse desafio de saúde pública.