Pesquisadores revelam a biodiversidade oculta em recifes profundos.
Cientistas descobriram 20 novas espécies em recifes do Pacífico, revelando a biodiversidade oculta em zonas pouco exploradas.
Novas descobertas no fundo do mar
Cientistas da California Academy of Sciences anunciaram uma descoberta significativa: pelo menos 20 novas espécies foram identificadas em recifes profundos do Oceano Pacífico. Essa região, conhecida como zona crepuscular, é caracterizada pela escassez de luz solar e por ser pouco explorada pela ciência, o que torna essa descoberta ainda mais impactante.
A importância da zona crepuscular
A zona crepuscular localiza-se entre águas rasas e as grandes profundidades do oceano. Estudar essa área é desafiador devido à baixa luminosidade e à pressão elevada, além das limitações de tempo que os mergulhadores enfrentam. A California Academy of Sciences utilizou equipamentos inovadores, os Autonomous Reef Monitoring Structures (ARMS), que atuam como recifes artificiais, atraindo e registrando a vida marinha.
A expedição e as novas descobertas
A expedição que resultou na descoberta das novas espécies ocorreu em novembro de 2025, onde 13 estruturas ARMS foram recuperadas de profundidades que variam de 55 a 100 metros. Em cada uma dessas estruturas, os pesquisadores encontraram cerca de 2 mil organismos, representando aproximadamente 100 espécies ainda não documentadas naquela região. Entre elas, ao menos 20 são consideradas totalmente novas para a ciência, incluindo caranguejos, esponjas e gorgônios.
A preocupação com as mudanças climáticas
Além de revelar a biodiversidade oculta, o estudo também trouxe dados alarmantes sobre o aquecimento das águas profundas. As medições de temperatura indicam que mesmo as regiões mais inexploradas estão sofrendo os efeitos das mudanças climáticas. Essa constatação ressalta a necessidade urgente de ações de conservação e proteção da biodiversidade marinha.
Próximos passos na pesquisa
Os cientistas continuarão a análise genética dos organismos coletados, um processo que pode levar meses ou até anos até que as novas espécies sejam oficialmente descritas. Além disso, há planos para recuperar mais estruturas ARMS em outras regiões do Pacífico, como Palau e Polinésia Francesa, aumentando assim o conhecimento sobre a vida marinha em águas profundas.
A importância da exploração marinha
Com apenas cerca de 20% do fundo do mar explorado, pesquisadores enfatizam que a exploração contínua é crucial para a conservação da vida marinha. Cada nova espécie descoberta contribui para a compreensão de como a vida se adapta a ambientes extremos, e apenas conhecendo essas espécies é que será possível implementar estratégias de conservação efetivas para proteger os oceanos e suas biodiversidades.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Reprodução/ California Academy of Sciences



