Ações buscam conectar recursos a comunidades da Amazônia
Governo federal implementa programas para melhorar o acesso ao crédito na Amazônia, com foco em comunidades locais.
Na Amazônia, o governo federal busca alternativas para fortalecer a sociobioeconomia, especialmente diante da crescente necessidade de recursos. A COP30, marcada para novembro em Belém, será o palco para apresentar essas inovações. A secretária de Bioeconomia do MMA, Carina Pimenta, enfatiza que a criação de 900 agentes comunitários de crédito até 2028 é uma das principais iniciativas para conectar recursos a quem nunca teve acesso.
Ações em andamento
Os programas Prospera Sócio Bio e Arpa Comunidades são fundamentais para apoiar organizações locais. O Prospera Sócio Bio, em fase final, prevê 16 núcleos na Amazônia para beneficiar cerca de 300 comunidades, enquanto o Arpa Comunidades visa atender 100 mil pessoas em 60 áreas de conservação sustentável. Além disso, o Ecoinvest mobilizou R$ 30 bilhões, com R$ 3,5 bilhões destinados à Amazônia para recuperação de áreas degradadas e apoio à agricultura familiar.
Desafios a serem enfrentados
Apesar das iniciativas, Carina Pimenta alerta que ainda existem dificuldades a serem superadas, como as garantias de crédito necessárias para pequenos produtores. Muitas vezes, os agricultores precisam de valores baixos para iniciar suas atividades, mas os bancos não possuem mecanismos adequados para operar esses montantes. O plano nacional de bioeconomia, em consulta pública, busca resolver esses entraves e direcionar recursos até 2030.
O futuro da bioeconomia brasileira
O evento COP30 será crucial para mostrar ao mundo os avanços do Brasil na bioeconomia e na sociobioeconomia. Pimenta ressalta que, ao longo da última década, o país evoluiu de um cenário de apenas matérias-primas para um ambiente onde pequenas empresas e cooperativas já estão se destacando. O Brasil apresentará um portfólio abrangente de soluções, destacando a importância do fortalecimento das comunidades e do setor empresarial na Amazônia.
