Iniciativa busca reduzir juros e ampliar financiamento para a classe média
O governo federal apresentou um novo modelo de crédito imobiliário que promete facilitar o acesso da classe média ao financiamento.
Novo modelo de crédito imobiliário
Nesta sexta-feira (10), o governo federal apresentou um novo modelo de crédito imobiliário em São Paulo, prometendo ampliar o acesso da classe média ao financiamento da casa própria e reduzir os juros. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que a iniciativa atende ao pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por uma “mudança estrutural, não paliativa” no sistema habitacional.
Detalhes da proposta
O novo modelo combina recursos da poupança com financiamento de mercado, permitindo que os bancos utilizem parte dos depósitos da poupança para ampliar o volume de crédito disponível. Essa estratégia busca corrigir a histórica dependência de recursos com liquidez imediata para financiar empréstimos de longo prazo. Galípolo afirmou que essa mudança proporcionará mais crédito para as famílias, maior estabilidade e controle da inflação com taxas de juros mais baixas.
Público-alvo e metas
O público-alvo da proposta inclui famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 20 mil, que atualmente enfrentam dificuldades para financiar imóveis. A Caixa Econômica Federal prevê financiar 80 mil moradias até 2026, com juros limitados a 12% ao ano e o teto de R$ 2,25 milhões para os financiamentos dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
Expectativas para o futuro
A expectativa é que o novo modelo seja testado em 2026, utilizando até 5% dos depósitos da poupança, antes da implantação definitiva prevista para 2027. Durante essa fase piloto, o Banco Central e o Ministério da Fazenda avaliarão os impactos sobre o sistema financeiro e o custo do crédito. O setor da construção civil vê a medida como uma oportunidade para reativar o mercado imobiliário e impulsionar o investimento, especialmente em um momento de desaceleração do crédito.