Inovação da Universidade de Bristol pode revolucionar a mobilidade em missões espaciais
Pesquisadores da Universidade de Bristol criam traje espacial que utiliza músculos artificiais para melhorar a locomoção de astronautas.
Novo traje espacial com músculos artificiais: inovação da Universidade de Bristol
Em um esforço para melhorar a locomoção de astronautas em condições extremas, pesquisadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, desenvolveram um novo traje espacial que incorpora músculos artificiais. Esta inovação, que promete facilitar o caminhar no espaço, é especialmente relevante considerando a fadiga muscular que os astronautas enfrentam devido à pressurização do ambiente.
O traje consiste em um exoesqueleto robótico projetado para ser utilizado sob a vestimenta espacial convencional. Este exoesqueleto foi testado em outubro, em colaboração com a Universidade de Adelaide, na Austrália, e visa não apenas beneficiar os astronautas, mas também pode ser uma solução para pessoas que enfrentam dificuldades de locomoção na Terra.
Funcionamento dos músculos artificiais
Os músculos artificiais do traje são ativados automaticamente assim que o astronauta inicia a caminhada, reduzindo a sensação de cansaço e tornando os movimentos mais naturais. A estrutura do traje é composta por duas camadas: uma externa feita de náilon e uma interna de termoplástico, que oferece proteção térmica. Além disso, o traje inclui componentes de sustentação, como uma faixa na cintura e tiras no joelho, fabricadas com materiais que suportam alta tensão, garantindo a durabilidade e funcionalidade do equipamento.
Testes em ambiente simulado
Para avaliar a eficácia do traje, foram realizados testes na Universidade de Adelaide, que possui um ambiente que simula as condições lunares. Durante os experimentos, 200 cientistas de 25 países acompanharam e avaliaram o conforto, a mobilidade e os efeitos biomecânicos do traje na execução de tarefas simples, como caminhar, escalar e carregar peso em terrenos irregulares. Esses testes são cruciais para entender como o traje pode ser aprimorado para missões futuras na Lua e em Marte.
Expectativas futuras
Embora o traje ainda esteja em fase de testes, os criadores têm grandes expectativas em relação à sua aprovação e ao potencial impacto positivo na vida de astronautas e pessoas com dificuldades de locomoção. O cientista Emanuele, envolvido no projeto, comentou sobre a visão de desenvolver um traje híbrido que alternaria entre modos de assistência e resistência, o que seria de grande benefício para a reabilitação física.
A inovação no traje espacial é um passo significativo em direção à melhoria da qualidade de vida tanto em ambientes extremos quanto na vida cotidiana, destacando a importância da pesquisa e desenvolvimento em tecnologia assistiva. O futuro do traje espacial com músculos artificiais pode não apenas facilitar as missões espaciais, mas também proporcionar novas esperanças para muitos na Terra.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Divulgação/Emanuele Pulvirenti