Kisunla é um avanço no combate à doença em estágios iniciais

Novo medicamento para Alzheimer, Kisunla, é indicado para estágios iniciais da doença.
Novo tratamento para Alzheimer no Brasil
Um novo tratamento para a doença de Alzheimer, conhecido como Kisunla, acaba de ser disponibilizado no Brasil. Este medicamento, chamado Donanemabe, é destinado a pacientes em estágios iniciais da doença, caracterizados por comprometimento cognitivo leve ou demência leve, sem perda funcional significativa. A aprovação pela Anvisa ocorreu em abril, marcando um avanço importante no tratamento da doença no país.
Como o Kisunla funciona
O Donanemabe atua eliminando placas de beta-amiloide, que são proteínas que se acumulam no cérebro e estão ligadas à perda de memória e ao declínio cognitivo. O tratamento é administrado por infusão intravenosa e, nos primeiros três meses, os pacientes recebem 700 mg mensais, o que equivale a duas unidades do medicamento. Após esse período, a dose é aumentada para 1.400 mg mensais, ou quatro unidades, mantendo-se assim até o final do tratamento, que pode durar até 18 meses, dependendo da evolução clínica de cada paciente. Dados preliminares de acompanhamento sugerem que os efeitos positivos do tratamento podem se estender mesmo após o término da terapia.
Impacto da nova terapia
A introdução do Kisunla na rede privada é um marco, pois cada unidade tem um custo médio de R$ 5 mil, podendo variar conforme o protocolo adotado pelo local de aplicação. Luiz André Magno, diretor médico da Lilly do Brasil, enfatizou a importância deste novo medicamento, afirmando que é o primeiro modificador da doença aprovado no Brasil que também recebeu recomendação positiva na Europa. Este avanço é crucial, já que atualmente cerca de 1,2 milhão de brasileiros vivem com Alzheimer, e a previsão é que esse número cresça com o envelhecimento da população.
A necessidade de novas opções de tratamento
Estima-se que cerca de um terço das pessoas com comprometimento cognitivo leve ou demência leve evoluam para estágios mais graves da doença dentro de um ano. Essa realidade ressalta a importância de terapias que possam retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O Kisunla representa uma nova esperança para aqueles que se encontram nas fases iniciais do Alzheimer, abrindo novas possibilidades no tratamento dessa condição debilitante.
Com o avanço da medicina e a inovação em tratamentos, espera-se que mais pacientes tenham acesso a opções terapêuticas que possam efetivamente modificar o curso da doença, contribuindo para um futuro mais promissor no combate ao Alzheimer.