Maior vírus com cauda já registrado pode revolucionar pesquisas biológicas
Pesquisadores descobriram um novo vírus na água do rio Paraguai, considerado o maior com cauda já descrito.
Pesquisadores identificaram nas águas do rio Paraguai, no Pantanal, um novo vírus, o Naiavírus, considerado o maior com cauda já descrito pela ciência, medindo cerca de 1.350 nanômetros. Este “gigante microscópico” difere dos patógenos que atacam humanos, como o coronavírus, pois infecta apenas amebas.
Características do Naiavírus
O Naiavírus se destaca não apenas pelo tamanho, mas também por seu corpo envolto por um “manto” e uma cauda flexível que facilita a aproximação e infecção das amebas. Com um genoma de quase 1 milhão de pares de bases de DNA, muitos dos genes presentes não têm semelhança com nada já registrado, sugerindo funções antes acreditadas exclusivas de células complexas, como bactérias.
Implicações para a ciência
Segundo Otavio Thiemann, um dos autores do estudo, as proteínas do Naiavírus podem abrir novas portas para pesquisas em biotecnologia e esclarecer questões fundamentais da biologia, como a eucariogênese. Este novo conhecimento pode ser utilizado na produção de fármacos e enzimas de interesse biotecnológico.
Contribuições para a biologia
As descobertas em relação ao Naiavírus podem contribuir significativamente para a compreensão de processos evolutivos que a ciência ainda não começou a desvendar, destacando a importância deste vírus gigante na pesquisa atual.