A resolução do impasse sobre a Braskem pode ocorrer em breve, segundo informações de agências de notícias.

Novonor pode fechar acordo para venda de sua participação na Braskem para a IG4 Capital ainda esta semana.

Novonor em negociações para venda de participação na Braskem

A venda de participação na Braskem (BRKM5) pode estar próxima de uma resolução, conforme informações da agência Bloomberg. A Novonor, antiga Odebrecht, está em negociações avançadas com a IG4 Capital para a venda de sua fatia na petroquímica. A expectativa é que um acordo com os credores da Novonor seja fechado ainda esta semana, permitindo assim a transação com a gestora IG4, que compartilharia o controle da Braskem com a Petrobras (PETR4).

Desafios nas negociações

Apesar do avanço nas conversas, fontes próximas ao assunto afirmam que novos obstáculos podem surgir, pois as negociações estão em andamento e a assinatura de um acordo pode ser postergada. A Novonor deseja manter cerca de 5% de sua participação na Braskem, mas os termos atuais da negociação apontam para uma fatia que deve girar em torno de 4%. Essa venda ocorre em um contexto de pressão financeira significativa sobre a Novonor, que possui atualmente 50,1% das ações ordinárias da Braskem e 38,3% do capital total.

Contexto do mercado

A Petrobras, por sua vez, detém uma participação de 47% das ações ordinárias e 36,1% do capital total da Braskem. O assunto da venda da Braskem pela Novonor já está em pauta no mercado há alguns meses. Em agosto deste ano, a IG4 Capital chamou a atenção após solicitar esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a Braskem, especialmente após uma reportagem de O Globo que indicava que a gestora buscava um espaço com uma proposta envolvendo os bancos credores e acionistas da petroquímica.

Reestruturação e resultados financeiros

Após o término do prazo de exclusividade das negociações com Nelson Tanure, a estratégia da IG4 envolve que os bancos, que detêm ações da Braskem como garantia na recuperação judicial da Novonor, se tornem acionistas por meio de um fundo gerido pela IG4. Assim, os bancos poderiam assumir o controle da Braskem, que passaria por uma reestruturação sob a gestão da IG4.

Na última divulgação, a Braskem registrou uma queda de 90% no prejuízo do terceiro trimestre de 2025, totalizando R$ 26 milhões em comparação ao mesmo período de 2024. A companhia reportou um resultado operacional medido pelo Ebitda recorrente de R$ 818 milhões, com uma diminuição em relação aos R$ 2,394 bilhões registrados no ano anterior. Além disso, a receita líquida para o período foi de R$ 17,299 bilhões, uma queda de 19% em relação aos R$ 21,265 bilhões do ano anterior.

A empresa destacou que a dinâmica da indústria petroquímica continua sendo influenciada por um desequilíbrio entre oferta e demanda global, impactando as referências de preços no mercado internacional. Essa situação coloca ainda mais pressão sobre a Novonor e o futuro da Braskem, enquanto as negociações e reestruturações se intensificam.

Fonte: www.moneytimes.com.br