Sindicato dos Bancários exige diálogo e revisão das demissões no Nubank após mudanças no modelo de trabalho
Sindicato dos Bancários cobra diálogo após demissão de funcionários no Nubank por descontentamento com mudanças no home office.
Nubank e a mudança para o modelo híbrido
O Nubank, fintech brasileira conhecida por seus serviços digitais, anunciou uma mudança significativa em seu modelo de trabalho, que passará a ser híbrido a partir de julho de 2026. Essa decisão afeta cerca de 7 mil de seus 9,5 mil funcionários. A mudança foi comunicada em uma live interna conduzida pelo CEO David Vélez, que ocorreu na sexta-feira, 8 de setembro. Um dia após o evento, a empresa demitiu 12 colaboradores por justa causa, gerando um clima de insatisfação entre os empregados.
Reação dos funcionários e demissões
Durante a transmissão ao vivo, muitos funcionários expressaram seu descontentamento por meio do chat, com relatos de mensagens consideradas ofensivas e agressivas. Fontes próximas à instituição indicam que a insatisfação foi generalizada, levando a uma resposta rápida da direção do Nubank, que decidiu demitir os envolvidos. Em nota interna, a empresa destacou que “acolhe o dissenso”, mas que “há limites” para a manifestação de descontentamento.
A posição do Sindicato dos Bancários
Em resposta às demissões, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, manifestou forte crítica e pediu uma reunião emergencial com a direção do Nubank. A entidade exige que o banco reveja as dispensas e que nenhum trabalhador seja punido por expressar sua opinião. O sindicato enfatiza a importância do diálogo e do respeito mútuo, especialmente em momentos de mudança que impactam diretamente a vida dos funcionários.
A defesa do Nubank
Por outro lado, o Nubank defendeu sua postura, afirmando que trabalha para preservar canais abertos de comunicação, mas que não tolera desrespeito e violações de conduta. A fintech reafirmou seu compromisso em manter um ambiente de respeito e destacou que não comenta casos individuais de desligamento. Segundo a empresa, a mudança para o modelo híbrido visa oferecer uma maior flexibilidade, mas com a necessidade de um retorno gradual ao trabalho presencial.
A mesa de negociação
O sindicato anunciou que a mesa de negociação com o Nubank terá como foco restabelecer o diálogo e construir soluções conjuntas. O objetivo é valorizar os trabalhadores e assegurar o direito à liberdade de expressão, fundamental em um ambiente de trabalho saudável. A situação atual reflete um momento sensível na relação entre a fintech e seus colaboradores, evidenciando a necessidade de um equilíbrio entre as diretrizes da empresa e as demandas dos funcionários.
Conclusão
A polêmica em torno das demissões no Nubank e a mudança para o trabalho híbrido revela um desafio significativo para a fintech. A resposta do sindicato e a postura da empresa serão determinantes para o futuro das relações trabalhistas na instituição. O desfecho dessa situação poderá influenciar não apenas a reputação do Nubank, mas também o clima organizacional e a satisfação de seus colaboradores.
Fonte: www.moneytimes.com.br