Operações secretas da CIA podem visar o governo Maduro e redes de narcotráfico
Trump autorizou operações da CIA na Venezuela, visando narcotráfico e o governo Maduro.
Donald Trump, presidente dos EUA, revelou que autorizou operações secretas da CIA na Venezuela, o que abre espaço para ações que podem incluir desde ataques a redes de narcotráfico até ações contra o governo de Nicolás Maduro. Essa medida expõe um poder pouco conhecido do presidente: o de ordenar operações clandestinas no exterior sem necessidade de aprovação prévia do Congresso. Essas decisões são chamadas de “descobertas presidenciais” e já autorizaram, no passado, ações como ataques com drones e financiamento a grupos armados.
Poder presidencial e operações clandestinas
De acordo com a lei americana, o presidente pode permitir ações secretas consideradas necessárias para a segurança nacional. Após isso, o Executivo deve informar os comitês de inteligência do Senado e da Câmara. O Congresso pode apenas restringir essas operações por meio de leis ou cortes de financiamento. Ex-agentes da CIA, como Mick Mulroy, ressaltam que a autorização pode ser tão ampla quanto o presidente desejar e pode ser alterada via decreto. Entre as possibilidades estão assassinatos seletivos e apoio a grupos armados.
Potenciais alvos e justificativas
Ainda não está claro se a CIA já está realizando ou apenas planejando essas operações. Trump justificou sua decisão citando o fluxo de drogas em direção aos EUA e mencionou ataques a embarcações no Caribe. Ex-funcionários da CIA apontam que redes criminosas, como o Tren de Aragua e o Cartel dos Sóis, poderiam ser alvos de ações paramilitares ou de drones. Veteranos da agência afirmam que a metodologia usada na guerra contra o terror pode ser aplicada contra essas organizações, ampliando o escopo das operações autorizadas pelo presidente.
