Obama critica ofensiva israelense em Gaza e pede solução pacífica

Ex-presidente dos EUA fala sobre a crise humanitária em evento na Irlanda

Barack Obama criticou a ofensiva de Israel em Gaza, defendendo um Estado palestino e alertando para a crise humanitária.

Na sexta-feira (26), em Dublin, Irlanda, o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, expressou sua desaprovação em relação à ofensiva militar de Israel em Gaza, afirmando que “não há justificativa militar para continuar a destruir o que já é entulho”. Em suas declarações, Obama ressaltou a necessidade de um Estado palestino e a importância de proteger aqueles que não estão diretamente envolvidos no conflito, especialmente as crianças que enfrentam a fome.

Crítica à crise humanitária

Obama declarou: “Acho importante reconhecermos aqueles que não são partes diretas da violência e dizermos: neste momento, as crianças não podem morrer de fome. É inaceitável ignorar a crise humanitária que está acontecendo dentro de Gaza”. Essas palavras foram proferidas durante um evento que coincide com a Assembleia Geral das Nações Unidas, onde o conflito tem sido um tema de destaque. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou a posição de Obama e o reconhecimento do Estado palestino por países ocidentais, sugerindo que isso cede à pressão de grupos radicais.

Relação tensa com Netanyahu

Obama também abordou a relação complicada que teve com Netanyahu, afirmando que “nem sempre nos demos bem”. Ele criticou a liderança política que perpetua o conflito e mencionou como a abordagem do Hamas é, segundo ele, o cúmulo do cinismo, colocando em risco todo o seu povo. A ofensiva israelense, que inclui a incursão terrestre na Cidade de Gaza, levanta preocupações sobre o deslocamento forçado de civis, com as Nações Unidas alertando que cerca de 1 milhão de palestinos estão em risco.

A pressão internacional e os próximos passos

Com a pressão do governo Trump para resolver o conflito, enviados americanos apresentaram um plano de paz de 21 pontos aos líderes árabes. Trump, em uma rara crítica a Netanyahu, afirmou que não permitirá a anexação da Cisjordânia, destacando a necessidade de uma mudança na abordagem israelense em relação aos territórios palestinos. Essas declarações refletem um momento crítico na busca por paz no Oriente Médio.

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