Mudanças na Ala Leste levantam controvérsias em meio ao shutdown nos EUA

A demolição da Ala Leste da Casa Branca gera polêmica durante o shutdown nos EUA.

A demolição da Ala Leste da Casa Branca, iniciada em setembro, levanta polêmicas em meio ao shutdown que afeta milhares de funcionários públicos nos EUA. O projeto, que custará cerca de US$ 200 milhões e terá uma área de 8.433 m², é visto como controverso, especialmente considerando que os servidores estão sem salário há mais de 21 dias.

Controvérsias sobre a legalidade da obra

Segundo Gabriel Monteiro, especialista entrevistado no CNN Novo Dia, a falta de autorização da Comissão Nacional de Planejamento da Capital Americana é um ponto crítico. Apesar de Trump afirmar que os recursos vêm de doações privadas e de seus próprios fundos, a obra tem gerado intenso debate entre democratas e a população afetada pelo shutdown.

Impacto arquitetônico e público

A nova construção deverá acomodar 650 pessoas, um aumento significativo em relação à capacidade do Salão Oval. A Ala Leste, que data de 1902, passará por uma transformação completa, levantando preocupações sobre a preservação do patrimônio histórico. Enquanto isso, a administração Trump defende a obra como um investimento em recursos próprios.

Dúvidas sobre o financiamento

Embora a administração afirme que não está utilizando verba pública, a obra é vista com desconfiança no contexto atual. O timing da demolição e construção é questionado, dado o impacto do shutdown sobre os cidadãos e funcionários públicos. Críticas apontam que, independentemente da origem do financiamento, a escolha de avançar com a obra durante uma crise salarial é problemática.

Considerações finais

O projeto, que foi anunciado em julho, continua a avançar, apesar das contestações legais e do descontentamento público. A Casa Branca, um ícone da história americana, está em um momento de transformação que reflete não apenas mudanças físicas, mas também as tensões políticas atuais.