Captura impressionante da cauda da cometa interstelar em 11 de novembro de 2025
O observatório italiano capturou a cauda do cometa interstelar 3I/ATLAS em 11 de novembro de 2025.
Observação do cometa 3I/ATLAS sob intensa luz lunar
O Virtual Telescope Project, na Itália, registrou em 11 de novembro de 2025 a impressionante cauda do cometa interstelar 3I/ATLAS, também conhecido como C/2025 N1. Este objeto, descoberto em julho pelo sistema ATLAS no Chile, apresentou uma cauda ionica visível apesar da intensa luz da lua. A observação ocorreu em Manciano, a 14 graus acima do horizonte oriental.
Detalhes sobre a observação
Realizada durante uma fase lunar de 61%, a observação contou com a Lua a 70 graus da cometa. Telescópios robóticos, como o ARTEC-250, foram utilizados para combinar 18 exposições de 120 segundos cada. A atividade observada reforça o interesse científico mundial pelo terceiro objeto confirmado a partir do exterior do Sistema Solar.
Características da cometa e suas implicações
A cometa 3I/ATLAS passou pelo perielio em 29 de outubro, aproximando-se do Sol a 1,36 UA. O fenômeno da cauda ionica é resultado da ionização de gases pela radiação solar, um processo comum entre os visitantes interstelares. O Minor Planet Center classificou 3I como o terceiro objeto interstelar, após 1I/ʻOumuamua e 2I/Borisov, devido à sua órbita hiperbólica com uma excentricidade de aproximadamente 6,14, indicando uma origem externa.
Composição e dinâmica do cometa
Os estudos realizados pelo telescópio espacial James Webb indicam um enriquecimento extremo de dióxido de carbono na cometa, com um índice CO2/H2O de 7,6, que está 4,5 desvios padrão acima da média das cometas solares. Essa composição sugere um processamento significativo pelos raios cósmicos ao longo de milhões de anos. O núcleo da cometa, estimado entre 320 metros e 5,6 km de diâmetro, apresenta um empobrecimento de cianeto e um enriquecimento de níquel.
Observações e previsões futuras
Além disso, a cometa tem demonstrado uma notável perda de massa, estimada em cerca de 2 milhões de toneladas entre julho e outubro. A pesquisa prevê que essa perda continue a uma taxa de 50 bilhões de toneladas por mês. As observações do NIRSpec do JWST também revelaram a presença de linhas hidroxílicas e radicais OH, contrastando com a escassa presença de água, que compõe apenas 4% de sua massa total.
Conclusões
O 3I/ATLAS não só ilumina o céu noturno, mas também fascina os cientistas com suas complexas características e comportamento dinâmico. As próximas observações são aguardadas com expectativa, especialmente com a aproximação da cometa à Terra em 19 de dezembro de 2025, quando estará a 1,8 UA de distância, ou cerca de 269 milhões de quilômetros.
Fonte: www.mixvale.com.br
Fonte: ATLAS