A medida pode aumentar o controle democrático na Câmara dos EUA
Oito condados da Califórnia, que apoiaram Trump em 2024, votaram a favor da Proposição 50, que poderá ampliar o controle democrata na Câmara dos EUA.
Votantes em oito condados da Califórnia, que foram vencidos por Donald Trump na eleição presidencial de 2024, apoiaram a Proposição 50, uma medida que visa redesenhar os distritos eleitorais e que pode ter implicações significativas para o controle da Câmara dos EUA em 2026. A Proposição 50 foi aprovada em todo o estado com quase 65% de apoio, possibilitando que os democratas possam ganhar até cinco cadeiras adicionais na Câmara.
O impacto da Proposição 50
A aprovação da Proposição 50 é vista como uma resposta direta aos movimentos de redistritamento liderados por Trump em estados republicanos como o Texas, onde novas diretrizes eleitorais foram desenhadas para favorecer a oposição. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, destacou a medida como essencial para “combater a agenda de Trump”, reforçando uma estratégia mais ampla para os democratas. O contexto eleitoral se torna mais relevante à medida que a maioria da Câmara está em uma margem estreita, com 219 membros republicanos e 213 democratas.
Votação nos condados
Os condados que apoiaram Trump e votaram “Sim” na Proposição 50 incluem Fresno, Merced, Inyo, San Bernardino, Lake, Riverside, San Joaquin e Imperial. O maior apoio foi registrado em Imperial, com uma margem de 20,2%, enquanto Fresno teve a menor diferença, com apenas 154 votos. Essa complexidade na votação reflete uma paisagem política diversificada, onde mesmo em áreas apoiadoras de Trump, existem nuances significativas nas preferências eleitorais.
Consequências e próximos passos
Os resultados da votação ainda precisam ser certificados, com a data marcada para 12 de dezembro de 2025. Após essa certificação, as novas diretrizes de distritamento entrarão em vigor para as eleições de 2026, 2028 e 2030. A Proposição 50 também suspende temporariamente uma comissão independente que estava em função desde 2010, permitindo que a legislatura controlada pelos democratas redesenhe os mapas eleitorais, um movimento que pode afetar significativamente o equilíbrio de poder no Congresso nos próximos anos.