ONU pede fim do embargo econômico dos EUA a Cuba

m colorida de Miguel Díaz-Canel

Resolução aprovada por 165 países em sessão da Assembleia-Geral

Na Assembleia-Geral da ONU, 165 países apoiaram a resolução que exige o fim do embargo econômico dos EUA contra Cuba, iniciado em 1960.

Na quinta-feira (29), durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, foi aprovada pela 33ª vez uma resolução que exige o fim do embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba, iniciado em 1960. A votação contou com o apoio de 165 países, enquanto sete votaram contra e doze se abstiveram, resultado considerado pela diplomacia cubana como uma derrota moral para Washington.

Críticas ao bloqueio

O chanceler Bruno Rodríguez Parrilla, que liderou a delegação cubana em Nova York, classificou o bloqueio como uma política “brutal e contrária ao direito internacional”. Em seu discurso, ele enfatizou que o embargo visa restringir as relações comerciais e representa uma forma de agressão sistemática contra o povo cubano. Rodríguez também criticou o novo representante dos EUA na ONU, que, segundo ele, fez um discurso “infame, ameaçador e cínico”, vinculado a grupos anticubanos.

Impactos do embargo

O bloqueio econômico, que já dura mais de 60 anos, foi reforçado em junho de 2025 pelo presidente Donald Trump, que proibiu o turismo norte-americano em Cuba, uma das principais causas da escassez enfrentada pelo povo cubano. O chanceler cubano acusou o governo Trump de exercer pressão e chantagem sobre países, especialmente na Europa e América Latina, para impedir votos contrários ao bloqueio. Relatórios cubanos indicam que os danos causados pelo embargo ultrapassaram US$ 7,5 bilhões apenas no último ano.

Reações e próximo passo

O presidente Miguel Díaz-Canel comemorou o resultado nas redes sociais, afirmando que “Cuba, digna e resiliente, derrotou o bloqueio genocida de seis décadas”. O Ministério das Relações Exteriores de Cuba declarou que as manobras dos EUA não conseguiram alterar o veredicto da ONU, reafirmando que o bloqueio é uma arma de agressão inaceitável. Nas redes sociais, o chanceler Rodríguez reforçou que “nenhuma campanha de mentiras poderá se comparar ao poder da verdade que defendemos”.

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