ONU prepara sucessão de António Guterres em 2026

Símbolo da ONU em janela no edifício-sede das Nações Unidas em Nova York

Entenda o processo de seleção do novo secretário-geral das Nações Unidas

Entenda como funcionará a sucessão de António Guterres, com eleições marcadas para 2026.

Um novo secretário-geral das Nações Unidas será eleito em 2026 para um mandato de cinco anos, iniciando o cargo no dia 1º de janeiro de 2027. A disputa começará formalmente quando o Conselho de Segurança da ONU, composto por 15 integrantes, e o presidente da Assembleia Geral, formada por 193 integrantes, enviarem uma carta conjunta solicitando indicações. Essa carta deve ser enviada até o final do ano e o candidato precisa ser indicado por um Estado que faça parte da ONU.

Candidatos em destaque

António Guterres, de Portugal, foi eleito em 2016. O cargo tradicionalmente é rotativo entre as regiões, com a América Latina na próxima lista. Já existem alguns candidatos declarados publicamente:

  • Michelle Bachelet – Chile: A ex-presidente do Chile foi indicada pelo presidente Gabriel Boric.
  • Rebeca Grynspan – Costa Rica: A ex-vice-presidente foi indicada pelo líder Rodrigo Chaves.
  • Rafael Grossi – Argentina: O diretor-geral da AIEA já afirmou sua intenção de se candidatar.

Processo de seleção

O Conselho de Segurança deve recomendar formalmente um candidato à Assembleia Geral, realizando votações secretas até que se chegue a um consenso. Os cinco integrantes permanentes do conselho, com poder de veto, devem concordar com o candidato. A aprovação da nomeação pela Assembleia Geral é, tradicionalmente, vista como um processo automático.

Transparência e novos critérios

A Assembleia Geral adotou uma resolução em setembro, que estabelece que cada candidato deve apresentar uma declaração de visão e divulgar suas fontes de financiamento. Também foi enfatizado que candidatos com cargos na ONU devem considerar suspender suas funções durante a campanha para evitar conflitos de interesse.

A importância da diversidade

Com a pressão crescente por uma mulher no cargo, a Assembleia observou que nenhuma mulher jamais ocupou a posição de secretária-geral e encorajou a nomeação de mulheres como candidatas. Essa perspectiva pode mudar o cenário na história da ONU.

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