Secretário de Segurança comenta sobre a ação contra servidores envolvidos com crime organizado

Operação no Pará leva à prisão de servidores e bloqueio de R$ 22 milhões de grupos criminosos.

Nesta quarta-feira (26), a Polícia Civil do Pará deflagrou a operação “Passe Livre”, que culminou na prisão de dez pessoas, incluindo dois Policiais Militares e um agente da Força Aérea Brasileira. Segundo o secretário de Segurança Pública do Pará, Ualame Machado, “cortar na carne dói, mas cura”, referindo-se às ações necessárias para combater o crime organizado infiltrado no sistema de transporte clandestino.

Ação policial e suas repercussões

A operação, autorizada pela Vara de Combate ao Crime Organizado, resultou em mandados de prisão e ordens de busca e apreensão em diversos municípios paraenses, como Belém e Ananindeua, além de ações simultâneas no Rio de Janeiro e no Mato Grosso. Ao todo, foram apreendidos cinco veículos, cinco motocicletas e diversos celulares, além do bloqueio judicial de R$ 22.592.418,79. O objetivo do bloqueio é interromper o fluxo financeiro das organizações criminosas investigadas.

Início das investigações e denúncias

As investigações começaram em 2023, após uma denúncia de extorsão realizada por uma vítima que alegou que uma cooperativa de transporte irregular operava sob ordens de uma facção criminosa. A partir daí, o Judiciário autorizou as medidas que levaram à operação desta semana.

Os suspeitos enfrentam acusações de lavagem de dinheiro, extorsão, corrupção ativa e passiva, além de integrarem organização criminosa. O secretário Ualame Machado reafirmou a importância de não tolerar desvios de conduta entre os servidores públicos, enfatizando que, apesar das dificuldades, é essencial agir contra a corrupção.

Resposta das instituições envolvidas

A Polícia Militar do Pará informou que a Corregedoria-Geral colaborou na operação, mas não houve mandados de prisão contra policiais. Um dos policiais já está afastado devido a um processo de reforma, enquanto o outro permanece em atividade, aguardando decisões judiciais. A Força Aérea Brasileira também confirmou que uma de suas militares está sob investigação e cumpre prisão preventiva conforme as normas da instituição.

Continuidade das investigações

A Polícia Civil do Pará comunicou que as investigações continuam, com o objetivo de identificar outros envolvidos e aprofundar a análise financeira dos grupos criminosos. A operação “Passe Livre” é um sinal claro de que as autoridades estão comprometidas em combater a criminalidade e proteger a sociedade das infiltrações do crime organizado.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br