A Operação Spare, deflagrada em 25 de setembro de 2025, investiga a ligação de Maurício Soares de Oliveira, franqueado de O Boticário, com Flávio Silvério Siqueira, operador do PCC. Documentos oficiais indicam que o franqueado teria usado suas lojas para lavagem de dinheiro, com movimentações suspeitas durante a pandemia. O MP-SP e a Receita Federal estão analisando as transações, que somam mais de R$ 4 milhões em depósitos em espécie. Além disso, a investigação revela que o crime organizado está infiltrado em diversos setores da economia, incluindo construção civil e motéis na Grande São Paulo e na Baixada Santista.
A Operação Spare revela a infiltração do crime organizado em negócios formais, incluindo franquias e motéis.
A Operação Spare, deflagrada em 25 de setembro de 2025, expôs a infiltração do crime organizado em negócios formais, como franquias e motéis. O caso envolve Maurício Soares de Oliveira, franqueado de O Boticário, e Flávio Silvério Siqueira, apontado como operador do PCC. A investigação revela que Oliveira estaria utilizando suas lojas para lavagem de dinheiro, com movimentações suspeitas de mais de R$ 4 milhões em espécie.
Números e indicadores do caso
- R$ 4 milhões: valor em depósitos em espécie identificados nas lojas de Oliveira.
- R$ 1,5 milhão: empréstimo declarado por Eduardo Silvério, irmão de Flávio, com Oliveira.
- R$ 20 milhões: valor estimado dos terrenos onde estão localizados os motéis.
Detalhes da investigação
As autoridades identificaram que a movimentação financeira nas lojas de Oliveira foi anômala, especialmente durante a pandemia, quando a circulação de dinheiro era limitada. A Receita Federal e o MP-SP estão focados em entender as transações que ocorreram em suas lojas, que apresentaram lucros crescentes mesmo em um período de crise econômica.
Implicações e reações
O Grupo Boticário, por meio de nota, destacou que não tinha conhecimento das práticas ilícitas e reafirmou seu compromisso com a legalidade. A defesa de Flávio Silvério nega qualquer envolvimento com atividades criminosas, chamando as acusações de absurdas.
Cenário mais amplo
Além do setor de perfumaria, a investigação revelou que o crime organizado está atuando na construção civil, erguendo prédios na Baixada Santista por meio de arranjos societários que ocultam os verdadeiros investidores. O uso de motéis para a lavagem de dinheiro também se tornou um foco, com mais de 60 estabelecimentos envolvidos no esquema.