Oposição busca presidir CPI do crime organizado

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

Comissão será instalada em 4 de outubro de 2025

A oposição no Senado pretende presidir a CPI sobre crime organizado, marcada para ser instalada em 4 de outubro de 2025, após megaoperação no Rio.

Em 4 de outubro de 2025, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o crime organizado será instalada, e a oposição no Senado está determinada a buscar a presidência do colegiado. A iniciativa foi oficializada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), logo após a megaoperação do governo do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que deixou 121 mortos, entre os quais quatro policiais.

Contexto da operação

A operação, que envolveu aproximadamente 2,5 mil agentes, teve como meta desarticular a estrutura do Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, áreas conhecidas pela forte presença de facções criminosas. Durante a ação, houve confrontos intensos, com criminosos utilizando barricadas e drones para lançar explosivos contra as forças de segurança, resultando em pânico entre os moradores e interrupção de serviços essenciais na região.

Composição da CPI

A principal reivindicação da oposição para a presidência da CPI vem do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que defendeu as ações das Forças de Segurança. A atual composição da CPI inclui nomes como Sergio Moro (União Brasil-PR) e Magno Malta (PL-ES), além de Marcos do Val (Podemos-ES), que retornou ao Senado especificamente para integrar a comissão. Entretanto, a oposição reconhece o desafio que enfrenta, considerando o revés do governo na eleição da mesa da CPMI do INSS, onde o candidato do governo foi derrotado.

Cenário político

Com a proximidade das eleições gerais de 2026, o governo deve redobrar a atenção em relação ao alcance da CPI, uma vez que a segurança pública é um tema sensível para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A relatoria da CPI deverá ficar com o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que é visto como um mediador entre governo e oposição, o que pode influenciar a dinâmica das discussões e decisões da comissão.

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