Em resposta à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, a oposição no Congresso Nacional anunciou uma estratégia de obstrução nas votações da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A medida, classificada como uma espécie de “greve parlamentar”, visa paralisar os trabalhos legislativos em protesto contra a decisão judicial.
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, confirmou a decisão em entrevista nesta terça-feira, declarando que a oposição entrará em “obstrução total”. Segundo o parlamentar, a mobilização tem como objetivo forçar o governo a buscar caminhos para a “pacificação”, em um momento de alta tensão política no país.
“Nós não vamos recuar enquanto não houver caminhos para a pacificação”, enfatizou Cavalcante, sinalizando que a obstrução persistirá até que a situação em torno da prisão de Bolsonaro seja revista ou que outras medidas de apaziguamento sejam tomadas. A declaração sugere uma escalada na já acirrada disputa entre oposição e governo no Congresso.
Ainda durante a coletiva de imprensa, o líder do PL elevou o tom, afirmando que “se é guerra que o governo quer, é guerra que o governo terá”. A declaração demonstra a disposição da oposição em confrontar o governo em todas as frentes, utilizando o poder de obstrução como principal ferramenta de pressão no Legislativo.