A equipe utiliza dados em tempo real para otimizar a performance dos carros na Fórmula 1
A Oracle Red Bull Racing processa 4 bilhões de equações para otimizar a performance do carro durante as corridas.
Oracle Red Bull Racing e a importância dos dados na Fórmula 1
A Oracle Red Bull Racing, uma das equipes mais competitivas da Fórmula 1, processa impressionantes 4 bilhões de equações durante cada fim de semana de corrida. Este volume de dados é crucial para otimizar a performance dos carros, principalmente do campeão Max Verstappen, que se destaca em um esporte onde cada milissegundo conta.
No coração dessa operação estão cerca de 800 sensores integrados ao carro, que coletam dados em tempo real e os transmitem de volta para a sede da equipe em Milton Keynes, Reino Unido. Essa transferência de informações acontece através de cabos de fibra óptica, permitindo que a equipe analise os dados quase instantaneamente. De acordo com Verstappen, “quanto mais informações a equipe tiver, mais eles podem me ajudar durante a corrida”.
Simulações e estratégias em tempo real
A equipe utiliza o que é conhecido como simulação de Monte Carlo, que processa bilhões de equações para gerar modelos preditivos. Essas simulações ajudam a prever a degradação dos pneus, o consumo de combustível e outras variáveis que podem afetar o desempenho durante a corrida. Antes mesmo de os carros entrarem na pista, cerca de dois bilhões de equações já foram calculadas, com a outra metade sendo utilizada para desenvolver estratégias de corrida em tempo real.
Morgan Maia, gerente de parcerias técnicas da Oracle Red Bull Racing, enfatiza a importância da comunicação rápida e precisa entre a pista e a fábrica. “Precisamos garantir que a equipe tenha as informações corretas no momento certo e no lugar certo”, afirma Maia.
Colaboração com a AT&T e redução de custos
Desde 2011, a AT&T colabora de perto com a Oracle Red Bull, ajudando a aumentar a eficiência do fluxo de dados. O número de sensores nos carros cresceu de 250 para 800 ao longo dos anos, com cada um deles integrado na estrutura do carro. Essa parceria permite que a equipe economize recursos, utilizando a nuvem para processar dados em vez de depender de um grande servidor local.
Com um limite de custo de $140 milhões imposto para 2025, a equipe precisa gerenciar seus recursos de forma eficaz. Isso inclui manter o custo dos dados sob controle, o que é facilitado pela colaboração com a AT&T.
O futuro da Fórmula 1 e a evolução tecnológica
Mudanças significativas estão a caminho da Fórmula 1 em 2026, incluindo um novo design de chassi e unidades de potência híbridas redesenhadas. A utilização de combustíveis sustentáveis e aerodinâmica ativa será mandatório, prometendo corridas ainda mais emocionantes. A Oracle Red Bull Racing está bem posicionada para enfrentar esses desafios, utilizando todo o conhecimento adquirido ao longo de sua parceria com a AT&T.
Verstappen confia na equipe de engenharia e nos dados que recebe. Embora ele reconheça a importância da análise de dados, ele também destaca que o motorista continua sendo um fator crucial na corrida. “No final das contas, o motorista é o sensor mais importante do carro”, conclui Verstappen.
Essa combinação de tecnologia avançada e habilidades humanas é o que mantém a Fórmula 1 emocionante e imprevisível.
Fonte: www.popsci.com
Fonte: by Mark Thompson/Getty Images