Estudo recente propõe que fenômeno bíblico pode ter sido um cometa.
Nova pesquisa sugere que a Estrela de Belém pode ter sido um cometa da Nuvem de Oort.
A busca pela origem da Estrela de Belém, um símbolo icônico associado ao nascimento de Jesus, reacende discussões entre cientistas e historiadores. Recentemente, um estudo de Mark Matney, da NASA, sugere que o fenômeno descrito na Bíblia pode ter sido um cometa, especificamente da Nuvem de Oort, uma região distante do Sistema Solar.
Contexto Histórico e Astronômico
O relato bíblico em Mateus 2:2 menciona a Estrela de Belém como uma guia que levou os Três Reis Magos até o local de nascimento de Jesus. Apesar de sua descrição como uma estrela, a hipótese predominante entre os cientistas aponta para uma possível conjunção planetária entre Júpiter e Saturno. A narrativa, escrita cerca de 85 d.C., levanta questões sobre a precisão dos relatos históricos e astronômicos.
A representação artística da Estrela de Belém também evoluiu ao longo dos séculos, como demonstrado pelo afresco de Giotto di Bondone, que retratou a estrela com características de um cometa. Essa evolução artística reflete as tentativas de dar sentido a um fenômeno que, até hoje, permanece envolto em mistério.
Novas Evidências e Teorias
A pesquisa de Matney, publicada no Journal of the British Astronomical Association, apoia-se em registros chineses que documentam a aparição de um cometa em 5 a.C. O estudo sugere que, se esse cometa tivesse passado perto da Terra, poderia ter dado a impressão de estar parado, o que se alinha com a descrição bíblica. Matney explica que, ao se aproximar da Terra, um cometa poderia parecer estacionário devido à velocidade de rotação do planeta, criando a ilusão de um fenômeno celestial fixo sobre uma localização específica.
Entretanto, os registros históricos indicam que o cometa teria permanecido na mesma constelação por aproximadamente 70 dias, um comportamento que desafia o entendimento convencional sobre cometas. O astrofísico Ralph Neuhäuser, da Universidade Friedrich Schiller, destaca a incerteza envolvida em documentos tão antigos, sugerindo que mais evidências seriam necessárias para validar a teoria.
Considerações Finais
Embora a pesquisa de Matney não forneça respostas definitivas, ela instiga um novo olhar sobre a Estrela de Belém, contribuindo para o campo da astronomia forense. O debate científico sobre a origem desse fenômeno continua, com especialistas como Frederick Walter ressaltando a importância da pesquisa para futuras investigações.
A Estrela de Belém permanece como um tema fascinante, onde ciência e fé se entrelaçam, e a busca por respostas continua a intrigar tanto estudiosos quanto o público em geral.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: colorida ilustra passagem da Estrela de Belém



