Aquisição da Vital promete transformar a Orizon em gigante do mercado.
Orizon (ORVR3) adquire Vital, ampliando sua capacidade no setor de resíduos.
A Orizon Valorização de Resíduos (ORVR3) fez um anúncio significativo que pode redefinir o cenário do setor de gestão de resíduos no Brasil. Nesta quarta-feira, a empresa comunicou sua aquisição da Vital, uma empresa que pertence ao portfólio da família Queiroz Galvão. Essa operação, considerada a maior fusão e aquisição da história da companhia, promete aumentar o volume de resíduos geridos pela Orizon de 8,7 milhões para aproximadamente 14,2 milhões de toneladas por ano.
O impacto da aquisição no mercado
A fusão entre Orizon e Vital não só ampliará a capacidade da empresa, mas também deve resultar em uma receita líquida anual superior a R$ 3 bilhões. Com um EBITDA projetado próximo a R$ 1 bilhão e lucros que podem ultrapassar R$ 350 milhões, a Orizon se coloca em uma posição privilegiada no mercado. A Vital, que já opera em oito estados com 12 ecoparques ativos, reporta uma receita de cerca de R$ 2,1 bilhões e um EBITDA de R$ 500 milhões para este ano.
Estrutura do novo acordo
O negócio envolve uma troca de ações, onde a Orizon emitirá 41.197.230 novas ações ordinárias e 5.646.849 bônus de subscrição. Isso resultará nos atuais controladores da Vital detendo até 30% do capital da Orizon após a conclusão do acordo. Além disso, um novo acordo de acionistas será assinado, com vigência de 20 anos, e um conselho de administração que contará com 11 membros, incluindo representantes de ambas as empresas.
Benefícios e riscos envolvidos
A administração da Orizon destaca diversos benefícios que essa fusão trará, como maior previsibilidade de receita, ganhos de escala e eficiência operacional. Entre os novos horizontes que se abrem, a empresa também planeja explorar áreas como biometano, créditos de carbono e geração de energia renovável. No entanto, a companhia também reconhece os riscos associados, incluindo a necessidade de obter autorizações regulatórias e os desafios de integração que podem surgir durante a implementação da fusão.
Aprovação e próximos passos
A efetivação do negócio dependerá da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da assembleia dos acionistas da Orizon. É importante notar que, caso a operação seja aprovada, os acionistas dissidentes não terão direito de recesso, conforme a legislação vigente. Com essa aquisição, a Orizon não apenas busca expandir sua atuação, mas também se estabelece como um player fundamental na transformação da gestão de resíduos no Brasil.
Fonte: www.moneytimes.com.br



