Entenda os fatores que impulsionam a recuperação do Ibovespa em 2025

Após encerrar 2024 em queda, o Ibovespa surpreendeu em 2025, atingindo a máxima histórica de 149.540,43 pontos.

Após encerrar 2024 em queda de mais de 10%, com o Ibovespa na casa dos 120 mil pontos e um clima de pessimismo marcado pelo risco fiscal e juros elevados, a B3 surpreendeu em 2025 com uma forte recuperação. Nesta sexta-feira (31), o principal índice do mercado brasileiro fechou na máxima histórica de 149.540,43 pontos, na quinta sessão consecutiva de renovação do recorde.

Fatores que impulsionam a alta do Ibovespa

Analistas apontam uma série de fatores domésticos e internacionais para o bom humor do mercado, como a entrada robusta de capital estrangeiro e o enfraquecimento do dólar. Resultados corporativos sólidos e expectativas de corte na taxa de juros americana também contribuem para o crescimento. O Ibovespa, que começou o ano aos 120 mil pontos, caminha para encerrar próximo dos 150 mil, acumulando uma valorização de 24,5%.

Destaques no mercado

Entre as maiores altas do Ibovespa até outubro, destacam-se: Cogna (COGN3), que subiu 243%, C&A Modas (CEAB3), com 115%, e Cury (CURY3), valorizando 112%. Essas empresas atuam em setores cíclicos, sensíveis ao cenário econômico, e foram impulsionadas pelo fim do ciclo de alta da Selic.

Desafios ainda presentes

Apesar da recuperação, alguns setores enfrentam dificuldades. Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) apresentaram resultados abaixo do esperado, enquanto Brava (BRAV3) sofreu com a queda na demanda. O Ibovespa, no entanto, seguiu o bom desempenho dos mercados emergentes, subindo 38% em dólares e acompanhando o enfraquecimento do dólar frente a outras moedas.

Conclusão

2025 é visto como um ano de consolidação e confiança para o mercado brasileiro. O Ibovespa, sustentado por fatores macroeconômicos positivos e fluxo estrangeiro, continua a atrair investidores, embora segmentos mais sensíveis ao crédito ainda enfrentem um caminho de ajuste mais lento.