Cotação do metal precioso se aproxima de US$ 3,9 mil em meio a crise nos EUA

Ouro atinge máxima de US$ 3.895,38 a onça nesta quarta-feira, em meio a paralisação do governo dos EUA.

Ouro atinge o valor histórico de US$ 3.895,38 a onça nesta quarta-feira (1º), em meio à paralisação do governo dos EUA, que começou à meia-noite. A procura por ativos de proteção subiu, ameaçando atrasar a divulgação de indicadores econômicos essenciais, como o relatório de emprego que será divulgado na sexta-feira.

Impacto da paralisação do governo

O fechamento federal aumenta a pressão sobre o dólar e pode atrasar a publicação de dados críticos para a avaliação da economia dos EUA. As autoridades alertam que a duração da paralisação pode impactar ainda mais os mercados, com possíveis atrasos na divulgação de indicadores importantes.

Desempenho do ouro em 2025

O ouro acumula uma alta superior a 48% em 2025, registrando o maior ganho anual desde 1979. Esse aumento é sustentado por um aumento nas compras de bancos centrais e em fundos negociados em bolsa (ETFs) lastreados em ouro. As entradas líquidas em ETFs em setembro foram as maiores em três anos, de acordo com dados da Bloomberg.

Divergências no Federal Reserve

Mercados também monitoram as divergências nas políticas monetárias propostas por autoridades do Federal Reserve. Enquanto Susan Collins, presidente do Fed de Boston, sugere novos cortes de juros, Lorie Logan, presidente do Fed de Dallas, pede cautela na consideração de reduções adicionais devido à inflação persistente.

Valorização da prata

A prata também teve um aumento significativo, subindo até 2%, a US$ 47,5598 a onça, e está menos de 5% abaixo de sua máxima histórica. O metal mais barato, que já acumulou mais de 60% de alta no ano, é impulsionado pelos mesmos fatores que afetam o ouro e pela escassez de oferta após anos de déficits de produção.
Às 9h34 em Londres, o ouro spot subia 0,8%, a US$ 3.888,35 a onça, enquanto a prata operava em alta de 1,4%. O cenário atual gera expectativa sobre os próximos passos dos mercados e das políticas econômicas.