Análise do Deutsche Bank aponta mudanças nas reservas globais
Com a pressão sobre o dólar, ouro e Bitcoin surgem como potenciais reservas globais, segundo o Deutsche Bank.
O dólar, tradicionalmente a principal reserva global, enfrenta crescente pressão e os bancos centrais estão diversificando suas reservas, reduzindo a participação em moeda americana e aumentando a aposta no ouro e, potencialmente, no Bitcoin (BTC). O Deutsche Bank sugere que a maior criptomoeda pode se tornar um ativo de reserva viável nos próximos cinco anos.
O avanço do ouro e a ascensão do Bitcoin
O relatório do Deutsche Bank destaca que tanto o Bitcoin quanto o ouro compartilham características importantes que os tornam candidatos a reservas, como a escassez e a proteção contra a inflação. O Bitcoin possui uma oferta fixa de 21 milhões de unidades, estabelecida por Satoshi Nakamoto, o que lhe confere uma vantagem desinflacionária.
Além disso, a crescente adoção do Bitcoin por empresas e investidores institucionais também reforça sua posição. Atualmente, cerca de 200 empresas globalmente mantêm Bitcoin em caixa, incluindo a Méliuz e a OranjeBTC, que se prepara para estrear na bolsa.
A proposta do Federal Reserve
A ideia de que o Federal Reserve dos EUA crie uma reserva de Bitcoin, conforme sugerido em uma ordem executiva de Donald Trump, poderia legitimar ainda mais o uso da criptomoeda como reserva. Matheus Medeiros, CEO da Futokens, mencionou que essa adoção poderia incentivar outros players do mercado a seguir o mesmo caminho.
Desafios para o Bitcoin como reserva
Contudo, o Deutsche Bank alerta que o Bitcoin ainda precisa superar desafios significativos, como a redução da volatilidade e o aumento da confiança e transparência. A comparação com o ouro é relevante, já que o metal também enfrentou desafios semelhantes em seus primeiros anos.
Apesar dessas possíveis mudanças, o Deutsche Bank conclui que é improvável que o Bitcoin ou o ouro substituam o dólar como o principal ativo de reserva ou meio de pagamento global. A história mostra que os EUA sempre tomaram medidas para proteger sua moeda, e é esperado que países continuem a garantir que ativos digitais não ameacem a soberania de suas moedas.