Ouro fecha em alta de 3% devido a tensões comerciais e geopolíticas

Angelika Warmuth

Mercado de metais preciosos reage a incertezas e busca por ativos seguros

Ouro encerra a sessão em alta de 3,46%, impulsionado por tensões comerciais e geopolíticas.

Ouro encerrou a sessão nesta segunda-feira, 20, em alta, impulsionado pelas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China e temores com as guerras na Europa e no Oriente Médio. O impacto do shutdown do governo dos EUA, que já está em sua quarta semana, também influencia o mercado.

Números do mercado

Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para dezembro fechou em alta de 3,46%, a US$ 4.359,4 por onça-troy. A prata também teve um desempenho positivo, com alta de 2,55%, a US$ 51,384 por onça-troy.

Motivos da alta

Após uma pausa na sexta-feira, 17, os metais preciosos retomaram sua tendência de alta, atraindo investidores que buscam ativos seguros, mesmo com os ganhos em mercados acionários. Segundo analistas da RBC Capital Markets, as incertezas em relação ao shutdown e as disputas comerciais estão levando investidores a aumentar seus investimentos no ouro. A ANZ destaca que o interesse no metal precioso é estratégico para proteção contra a volatilidade do mercado.

Expectativas futuras

O mercado pode estar próximo de uma correção de curto prazo, mas a Axi acredita que o ouro pode alcançar a faixa de US$ 5.000 por onça-troy no próximo ano. No âmbito geopolítico, o conflito em Gaza e as tensões entre os EUA e a Ucrânia adicionam mais incertezas ao cenário econômico. O diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett, acredita que o shutdown pode ser resolvido ainda nesta semana.

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