Expectativas de cortes na taxa de juros e demanda por segurança impulsionam o metal precioso
Ouro alcança US$ 4.200 pela primeira vez, impulsionado por cortes na taxa de juros e incertezas econômicas.
Nesta quarta-feira, o ouro ampliou seu rali ao ultrapassar a marca de US$ 4.200 a onça pela primeira vez, impulsionado pelas expectativas de cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos e pela crescente incerteza econômica e geopolítica. O preço do ouro à vista registrou alta de 1,4%, alcançando US$ 4.200,12, após atingir um recorde de US$ 4.217,95 anteriormente. Os contratos futuros de dezembro também subiram 1,3%, para US$ 4.216,20.
Fatores que impulsionam o preço
O aumento no valor do ouro, que já subiu cerca de 59% neste ano, é atribuído a múltiplos fatores, incluindo incertezas geopolíticas, expectativas de cortes nas taxas de juros dos EUA, compras robustas por bancos centrais e um movimento mais amplo de desdolarização. Além disso, a entrada significativa de fundos negociados em bolsa tem contribuído para a valorização do metal precioso.
Expectativas de cortes de juros
Os operadores do mercado estão precificando um corte de 25 pontos-base nas taxas de juros em outubro, seguido por outro corte em dezembro, com chances de 96% e 93%, respectivamente. Os comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reforçaram essas expectativas, levando o dólar a uma queda em relação a uma cesta de pares.
Perspectivas futuras
Ricardo Evangelista, analista da ActivTrades, comentou que a continuidade da paralisação do governo dos EUA e as tensões comerciais entre os EUA e a China devem suportar novos ganhos nos preços do ouro. Ele sugere que alcançar US$ 5.000 a onça não parece impossível no médio e longo prazo.