Pagode na Lata: inclusão e resistência na Cracolândia

Divulgação

Grupo musical fundado por moradores e trabalhadores é símbolo de luta social

O grupo Pagode na Lata, fundado em 2017, é um símbolo de inclusão social e luta pela dignidade na Cracolândia.

Em 29 de outubro de 2025, moradores e trabalhadores da Cracolândia se uniram para celebrar o Pagode na Lata, um grupo musical que simboliza a luta pela inclusão social e a dignidade de uma população marginalizada. Criado em 2017, o coletivo nasceu da necessidade de unir cultura e redução de danos, dando continuidade ao extinto Programa De Braços Abertos.

A trajetória do grupo

O Pagode na Lata não apenas promove shows quinzenais, mas também é um espaço de acolhimento e recuperação para indivíduos que vivem à margem das políticas públicas. Marquinho Maia, um dos fundadores, explica que a criação do grupo foi essencial para manter o vínculo com ex-trabalhadores e usuários da região. “É de extrema importância trazer autonomia e liberdade para as pessoas”, afirma.

Impacto social e cultural

Atualmente, o grupo conta com nove músicos e realiza apresentações que misturam samba, pagode, rap e funk, sempre buscando refletir as questões sociais do território. Com um repertório pensado em temas relevantes como direitos humanos e desigualdade, eles têm se destacado cada vez mais. De R$ 7, o valor recebido por apresentação evoluiu, permitindo uma vida mais digna para os integrantes.

Desafios enfrentados

No entanto, a relação com a prefeitura de São Paulo se tornou complexa. Mudanças na política pública dispersaram os usuários pela cidade, dificultando a promoção de cultura social. Marquinho expressa sua indignação em relação às ações do governo, que ele considera desastrosas. “A Cracolândia não acabou, mas agora existem vários focos de fluxo espalhados pela cidade”, critica.

O futuro do Pagode na Lata

Completando oito anos de existência, o Pagode na Lata continua a lutar por políticas que garantam a dignidade e os direitos dos usuários de drogas. O compromisso de seus fundadores é claro: promover a inclusão e a resistência através da música, reafirmando a importância do território de origem e do legado cultural que representa.

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