Descubra as causas e implicações desse fenômeno neurológico.
Entenda a paralisia do sono, um fenômeno que afeta a mobilidade do corpo enquanto a mente está acordada.
A paralisia do sono é uma experiência assustadora e intrigante que impacta muitas pessoas ao redor do mundo. Nesse fenômeno neurológico, a mente desperta antes que o corpo possa se mover, resultando em uma sensação de impotência e, muitas vezes, alucinações. O modelo Michael Calasans recentemente compartilhou sua experiência nas redes sociais, descrevendo a sensação como “sinistra”, onde ele se sentiu pressionado por um peso, mesmo sem conseguir se mover.
O que é e como ocorre?
Esse fenômeno ocorre durante o ciclo de sono REM, quando os músculos do corpo ficam temporariamente paralisados para evitar que a pessoa atue fisicamente durante os sonhos. No entanto, a paralisia do sono acontece quando o cérebro acorda, mas os músculos ainda permanecem em estado de atonia. Essa desconexão entre mente e corpo pode causar angústia e medo, dificultando a capacidade de respirar normalmente e levando a experiências alucinatórias.
Incidência e estatísticas
Estima-se que cerca de 7% da população mundial tenha vivenciado pelo menos um episódio de paralisia do sono. Este fenômeno é particularmente comum entre jovens adultos e estudantes universitários, especialmente aqueles que enfrentam altos níveis de estresse ou que têm distúrbios do sono. Em contextos clínicos, como entre pacientes com transtornos psiquiátricos, a frequência pode ser ainda maior.
Sintomas e impacto funcional
Os principais sintomas incluem a incapacidade temporária de mover-se ou falar, que pode durar de alguns segundos a minutos. Muitas pessoas relatam sensações de sufocamento, pressão no peito e a presença de figuras ameaçadoras durante esses episódios. Embora não representem um risco físico, esses episódios podem afetar significativamente o bem-estar emocional, levando ao medo de dormir e, consequentemente, a uma deterioração da qualidade do sono.
Causas e doenças associadas
A paralisia do sono está ligada a diversos fatores, incluindo:
- Padrões de sono irregulares ou privação de sono;
- Estresse psicológico e ansiedade;
- Depressão e transtornos do pânico;
- Narcolepsia e outros distúrbios do sono;
- Fatores genéticos.
De acordo com o Dr. João Borzino, a paralisia do sono não é uma doença isolada, mas um sintoma que pode indicar a presença de outras condições. A maioria dos casos é benigna e transitória, e a adoção de hábitos saudáveis de sono pode ajudar a reduzir a frequência desses episódios.
Dicas e Conclusão
Para lidar com a paralisia do sono, é recomendado manter uma rotina de sono regular, evitar estimulantes à noite e criar um ambiente propício ao descanso. Se os episódios se tornarem mais frequentes, a consulta a um profissional de saúde mental pode ser necessária para tratar possíveis comorbidades, como ansiedade ou insônia. O fenômeno da paralisia do sono nos convida a refletir sobre a complexa relação entre corpo e mente, revelando um mistério que ainda fascina a ciência e a medicina.
Fonte: baccinoticias.com.br



