Parlamentar pede afastamento de assessor do Senado por recebimento ilegal

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) solicitou ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o afastamento de Paulo Augusto de Araújo Boudens, lotado no Conselho Político. Boudens recebeu R$ 3 milhões da empresa Arpar Administração, Participação e Empreendimentos entre setembro de 2023 e fevereiro de 2024, período marcado por aumentos nos descontos ilegais de aposentados do INSS. Conforme investigações, a Arpar recebeu R$ 49 milhões de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido por envolvimento em um esquema de fraude previdenciária que desviou R$ 4 bilhões. Girão pediu uma apuração interna e questionou a permanência de Boudens no cargo. Dois senadores defenderam Alcolumbre, afirmando que Boudens não estava em seu gabinete durante os repasses.

Eduardo Girão pediu o afastamento de Paulo Boudens, que recebeu R$ 3 milhões da empresa Arpar. A Polícia Federal investiga a relação com fraudes no INSS.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) pediu ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), durante a sessão plenária de hoje, que afaste do cargo o servidor Paulo Augusto de Araújo Boudens, atualmente lotado no Conselho Político da Casa. Girão mencionou que Boudens recebeu R$ 3 milhões de reais da empresa Arpar Administração, Participação e Empreendimentos entre setembro de 2023 e fevereiro de 2024, período em que houve aumento do volume de descontos ilegais dos aposentados do INSS.

O esquema de corrupção

Entre 2023 e o ano passado, a Arpar recebeu R$ 49 milhões de reais do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o ‘Careca do INSS’, investigado por envolvimento em fraude previdenciária que desviou R$ 4 bilhões dos aposentados. As movimentações bancárias da Arpar, segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), não possuem justificativa aparente e a Polícia Federal encontrou indícios de que a empresa atua como ‘conta de passagem’.

A defesa de Alcolumbre

Além de solicitar o afastamento de Boudens, Girão fez referência ao esquema da rachadinha no gabinete de Alcolumbre, revelado por investigações anteriores. Naquela ocasião, mulheres da periferia de Brasília devolviam a maior parte dos salários. Boudens assumiu a culpa pelo esquema e assinou um acordo de não persecução penal com o Ministério Público. Dois senadores saíram em defesa de Alcolumbre, afirmando que Boudens já não estava lotado em seu gabinete durante os repasses da Arpar.

Implicações e próximos passos

Girão apela para a apuração dos fatos e responsabilização de Boudens, considerando inaceitável que ele permaneça no cargo em meio ao escândalo envolvendo bilhões de reais. A defesa de Alcolumbre, feita por senadores como Randolfe Rodrigues, destaca a necessidade de respeitar a presunção de inocência e a ampla defesa. Davi Alcolumbre ainda não se manifestou sobre o pedido de afastamento.

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