Novo presidente da FIESP faz declarações firmes contra a elevação de tributos em entrevista
Paulo Skaf, novo presidente da FIESP, afirma que não aceitará aumentos de impostos durante sua gestão.
Paulo Skaf assume a presidência da FIESP com desafios pela frente
Paulo Skaf, reeleito presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) em agosto de 2025, afirmou que a nova gestão será marcada por uma “tolerância zero a aumentos de impostos”. A declaração, feita em uma entrevista recente ao BRAZIL ECONOMY, reflete a preocupação crescente entre os setores produtivos diante de um cenário econômico desafiador.
Reação da indústria diante de tarifas internacionais
A recente imposição de tarifas de 50% por Donald Trump sobre produtos brasileiros provocou reações imediatas no setor industrial. Skaf destacou a urgência da situação, especialmente para pequenas e médias empresas que enfrentam dificuldades em negociar no mercado internacional. Segundo ele, a FIESP buscará estabelecer um diálogo ativo com governos e parceiros internacionais para mitigar os impactos e garantir a competitividade das indústrias brasileiras.
Prioridades da nova gestão da FIESP
Com a volta ao comando da FIESP, Skaf identificou a união do setor produtivo e a busca por inovação como prioridades. Ele enfatizou a necessidade de preparar as empresas para os desafios trazidos pela Inteligência Artificial e pela Internet das Coisas. Além disso, Skaf defendeu a redução do tamanho do Estado e a diminuição das despesas públicas como passos essenciais para reduzir os juros altos que afetam a economia.
O papel da indústria no Brasil
Skaf ressaltou que a indústria é um patrimônio essencial do Brasil, responsável por desenvolver tecnologia e gerar empregos. Apesar das dificuldades impostas pelo “Custo Brasil”, ele acredita que o setor produtivo é resiliente e criativo, capaz de se adaptar às novas demandas do mercado. O estado de São Paulo, segundo ele, possui uma vocação industrial diversificada, abrangendo áreas como saúde, infraestrutura e agronegócio.
Segurança pública e seu impacto nos negócios
A questão da segurança pública também foi abordada por Skaf, que expressou apoio às operações contra o crime organizado. Ele argumentou que a segurança é fundamental para um ambiente de negócios saudável e que a FIESP está comprometida em buscar soluções para esses problemas.
Independência política e foco no setor produtivo
Skaf afirmou que a FIESP manterá sua independência em relação a questões partidárias. Ele criticou a politização da economia e reiterou que a federação se concentrará em defender os interesses do setor produtivo, sem se envolver em disputas políticas. A mensagem é clara: a FIESP não aceitará mais aumentos de impostos e exigirá serviços públicos de qualidade em troca do que já é pago pelos contribuintes.
Conclusão
A volta de Paulo Skaf à presidência da FIESP representa uma nova fase para a federação, com um foco claro em manter a competitividade da indústria brasileira e um compromisso firme contra aumentos de impostos. Com um cenário econômico desafiador pela frente, suas declarações refletem a urgência de um trabalho conjunto entre o setor privado e o governo para garantir um futuro mais promissor para a economia do Brasil.