PCC utilizava nomes inusitados para esconder pontos de vendas de drogas em Roraima

Reprodução e FBSP

Investigação revela como a facção organizava seu comércio ilegal com nomenclaturas criativas

Estudo do MPRR mostra como o PCC administrava 14 pontos de venda de drogas em Roraima com nomes curiosos.

Introdução à operação do PCC em Roraima

O Ministério Público de Roraima (MPRR) revelou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) controlava ao menos 14 pontos de venda de drogas no estado. Cada um desses locais era identificado por nomes curiosos, como ‘Cemitério’, ‘Hello Kitty’ e ‘Tem de Tudo’. A estratégia de nomenclatura não apenas chamava a atenção, mas também servia para ocultar as operações ilegais da facção.

Estrutura das operações

Os pontos de venda funcionavam como unidades de um varejo clandestino, com uma estrutura gerencial bem definida. Havia divisão de tarefas, metas estabelecidas e auditorias regulares para o controle financeiro. Os gerentes eram responsáveis por manter o fluxo de vendas e por documentar suas atividades, capturando vídeos que mostravam o estoque e os lucros. O MPRR, através da Operação Sucursal, obteve informações como a arrecadação total de R$ 414 mil em quatro meses, reforçando a organização do PCC em Roraima.

Nomes inusitados das ‘lojas’

Os nomes atribuídos aos pontos de venda tinham dupla função: eram cativantes e serviam para despistar investigações. Os registros apreendidos pelos agentes de segurança incluíam desde vídeos de auditorias até listas de arrecadação que mostravam como esses locais funcionavam. Abaixo, detalhes das arrecadações de cada ponto:

  • Rosinha – R$ 36 mil
  • Cemitério – R$ 32,4 mil
  • Tem de Tudo – R$ 30,5 mil
  • Império – R$ 28,2 mil
  • Hello Kitty – R$ 27 mil
  • Esperança – R$ 23,1 mil
  • Las Vegas – R$ 13,2 mil
  • Raimundo – R$ 10,1 mil
  • Bad Boy – R$ 9,6 mil
  • Casarão – R$ 8,2 mil
  • Ponta do Verde – R$ 6,4 mil
  • Vera Cruz – R$ 5,6 mil
  • Casa da Moeda – R$ 4,4 mil
  • Sem Alma – R$ 2,9 mil

O ponto mais rentável, identificado como ‘Rosinha’, era operado por Cilara Rodrigues de Souza, conhecida como ‘Kauany’, a principal liderança feminina do PCC na região.

Hierarquia e sistema de controle

Cada gerente era encarregado de supervisionar um ponto de venda específico, mantendo os registros de vendas e lucros. O fluxo constante de informações e auditorias garantiu que a facção permanecesse organizada. A estrutura da facção estava ligada a uma rede nacional, conhecida como ‘FM – Progresso’, que coordenava operações em todo o Brasil.

Codinomes das drogas

As drogas também recebiam nomes alternativos para confundir as autoridades, como ‘Claro’ para pasta base, ‘Peixe’ para cocaína, ‘Vivo’ para maconha prensada e ‘Oi’ para skunk. O MP estimou que entre 25% e 30% do lucro ficava com os gerentes locais, enquanto o restante era enviado para líderes em São Paulo.

Conclusão

A operação que desmantelou essa rede evidencia como o PCC adotou práticas sofisticadas para gerir seus negócios ilícitos em Roraima. A combinação de nomes curiosos e uma estrutura organizacional militarizada demonstra a complexidade da facção e os desafios enfrentados pelas autoridades ao combatê-la.

Fonte: baccinoticias.com.br

Fonte: Reprodução e FBSP

PUBLICIDADE

VIDEOS

TIF - JOCKEY PLAZA SHOPPING - PI 43698
TIF: PI 43845 - SUPLEMENTAR - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA
TIF: PI 43819 - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA

Relacionadas: