Pesquisadores desenvolvem método inovador para ordenha de coelhas

Reprodução/ GMC Online

A equipe da Universidade Estadual de Maringá cria protocolo inédito para produção de leite de coelha

Pesquisadores criam o primeiro protocolo nacional para ordenha de coelhas, visando reduzir a mortalidade de filhotes.

Pesquisadores do Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá (DZO/UEM) fazem história na cunicultura brasileira ao criar o primeiro protocolo nacional de ordenha de coelhas. Este avanço permite a produção do primeiro leite de coelha, algo inédito no Brasil e de grande importância para reduzir as taxas de mortalidade entre filhotes.

A importância do leite de coelha para a cunicultura

O leite de coelha tem um papel fundamental na sobrevivência dos filhotes, especialmente durante a fase crítica do desmame. Em média, uma coelha pode gerar até 12 filhotes por ninhada. Contudo, a mortalidade entre os filhotes nos primeiros dias de vida varia entre 30% e 40%. Este novo protocolo de ordenha se configura como uma solução inovadora para auxiliar na alimentação dos recém-nascidos, oferecendo uma alternativa ao leite materno em períodos de escassez.

Detalhes do protocolo de ordenha

Após dois anos de pesquisa e desenvolvimento, a equipe da UEM conseguiu aperfeiçoar uma técnica que não apenas garante a captura do leite, mas também respeita o bem-estar dos animais. A ordenha é realizada com equipamentos adaptados que minimizam o estresse das coelhas, proporcionando um ambiente mais tranquilo e seguro.

Desafios enfrentados na cunicultura

Embora a cunicultura seja reconhecida por seu baixo impacto ambiental e pela qualidade nutritiva de sua carne, a mortalidade de filhotes durante o desmame é um grande desafio. Em condições ideais, uma coelha pode desmamar até 50 filhotes por ano, mas a realidade é bem diferente devido às altas taxas de mortalidade. O desenvolvimento do leite de coelha pode ser um divisor de águas para o setor, permitindo que mais animais sobrevivam e se desenvolvam em boas condições.

Conclusão

Com essa inovação, os pesquisadores esperam não apenas aumentar as taxas de sobrevivência dos filhotes, mas também contribuir para a sustentabilidade da cunicultura no Brasil. A pesquisa é um exemplo de como a ciência pode trazer benefícios diretos ao setor agropecuário, promovendo um ambiente mais saudável para os animais e, consequentemente, uma produção mais eficiente e sustentável. A expectativa é que o leite artificial para filhotes se torne uma realidade em breve, mostrando o compromisso da academia com a inovação e a melhoria das práticas agrícolas no país.

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