Petrobras manterá investimentos em refino e buscará cortar custos

Ricardo Moraes

A estatal elaborará novo plano estratégico para 2026-2030

Petrobras está finalizando seu plano estratégico 2026-2030, mantendo investimentos em refino e buscando otimização de custos, conforme afirmou William França.

A Petrobras (PETR4) está em fase final de elaboração de seu novo plano estratégico para o período de 2026 a 2030 e deverá manter grandes investimentos para a ampliação de refinarias, em eficiência energética e retomada do setor de fertilizantes, afirmou o diretor executivo de Processos Industriais e Produtos, William França.

“A gente não vai deixar de fazer investimento na minha área de RTC (refino, transporte e comercialização), os investimentos estão mantidos”, disse o executivo a jornalistas nos bastidores do congresso de mineração Exposibram.

Em contrapartida, França afirmou ser necessária uma “visão de otimização”, considerando que os preços do petróleo caíram ante os valores considerados no planejamento estratégico anterior, de 2025 a 2029. Como exemplo, França afirmou que poderá “passar um pouquinho mais para frente” paradas programadas de refinarias, assim como conversar com fornecedores para conseguir preços mais adequados.

“Eu posso otimizar a gestão de custos das refinarias para que eu possa então ter um…custo de operação mais baixo, … um investimento nas paradas programadas também mais baixo, mais adequado”, afirmou.

O diretor também disse estar otimista com uma solução para a petroquímica Braskem. Segundo ele, a Petrobras tem a expectativa que haja um acordo com a Novonor e bancos, que permita que a estatal tenha maior participação nas tomadas de decisão da petroquímica. França negou, no entanto, que esteja em discussão neste momento uma maior participação da Petrobras no capital da Braskem.

“A gente sabe que nós estamos no ciclo petroquímico difícil… A gente acha que nos próximos três, quatro anos isso vai mudar, a gente tem certeza que a gente vai partir do ciclo petroquímico aí de bonança, de coisa boa”, completou.

A Petrobras tem 47% do capital votante da Braskem e a Novonor, antiga Odebrecht, 50,1%, segundo dados do final do primeiro semestre disponibilizados pela petroquímica.

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