Petróleo fecha em queda, pressionado por prolongamento de tensões entre EUA-China

Eli Hartman

Expectativas de encontro entre líderes não diminuem as preocupações de excesso de oferta

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 15, pressionados por tensões entre EUA e China.

Petróleo fecha em queda

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 15, enquanto as tensões entre EUA e China se estendem, apesar das expectativas para o encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo chinês, Xi Jinping. Os preços da commodity também são pressionados por preocupações de excesso de oferta.

Números do mercado

  • O petróleo WTI para novembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em queda de 0,73% (US$ 0,43), a US$ 58,27 o barril.
  • O Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), recuou 0,77% (US$ 0,48), a US$ 61,91 o barril.

Tensão nas negociações

Nesta quarta, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as negociações sino-americanas sobre comércio continuam e que ainda espera um encontro entre Trump e Xi no fim de outubro, na Coreia do Sul. No entanto, em evento, ele não descartou a possibilidade de Washington usar “muitas medidas” contra Pequim, elevando as tensões entre os dois países.

Expectativas para o mercado

Para o Ritterbusch, a menos que haja um grande avanço nas discussões entre as duas principais potências econômicas do mundo nas próximas semanas, o cenário aponta para que o WTI seja movido para uma nova faixa de negociação mais baixa, limitada por cerca de US$ 55 na baixa e US$ 61,50 na alta. “No geral, prevemos algumas grandes oscilações de preço à frente”, acrescenta.

Incertezas no Oriente Médio

Apesar do cessar-fogo alcançado em Gaza, o mercado ainda mantém as atenções voltadas para o Oriente Médio, com incertezas sobre a paz na região. Nesta quarta, o Exército israelense informou que um dos corpos entregues pelo Hamas na véspera, como parte da negociação, não é de um dos reféns. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigiu que o grupo cumpra os termos acordados.

Conclusão

A renovação do tom agressivo de Bessent contra a China sobre a compra de petróleo russo pelo país deu certo suporte para os preços do óleo durante a sessão, assim como o anúncio do Reino Unido de novas sanções contra Moscou. As tensões entre Arábia Saudita e Rússia, os principais produtores da Opep+, também permanecem no radar dos investidores.

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