PGR pede condenação de réus do núcleo de desinformação no golpe

Ação envolve sete acusados de disseminar fake news para desestabilizar eleições

Procurador-geral pede a condenação de sete réus envolvidos em desinformação e ataques ao sistema eleitoral. A conexão com o ataque de 8 de Janeiro é destacada.

O procurador-geral da República Paulo Gonet pediu nesta terça-feira, 14, a condenação de todos os sete réus do núcleo de desinformação (núcleo 4) do plano de golpe. Os denunciados, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), são responsáveis por operações de desinformação e ataques ao sistema eleitoral, caracterizados como uma “guerra informacional”.

Ações e acusações do núcleo 4

Os sete réus estão acusados de espalhar desinformação para prejudicar a eleição de 2022. Gonet conectou essas campanhas de fake news ao violento ataque de 8 de Janeiro de 2023, argumentando que as ações do grupo foram um manejo estratégico de informações falsas com o intuito de desestabilizar a sociedade. O procurador afirmou que a revolta popular observada no fim do crime está diretamente relacionada às narrativas fabricadas pelos acusados.

O papel da Abin

Gonet também ressaltou o uso da Abin, que teria sido infiltrada por uma célula para promover ataques a instituições e monitorar autoridades. A manipulação da estrutura do Estado foi essencial para distorcer informações com aparência técnica. Além disso, o procurador relacionou o ex-presidente Jair Bolsonaro às operações clandestinas desenvolvidas na Abin.

Consequências e contexto do julgamento

O julgamento atual é o segundo sobre a trama golpista, seguindo a condenação de Jair Bolsonaro e outros réus do núcleo crucial. Gonet argumentou que, com essa condenação, outros grupos que atuaram a seu serviço também devem ser considerados culpados, pois todos os integrantes de uma organização criminosa respondem pelos ilícitos cometidos. As defesas tentam descolar os réus das lideranças, mas a PGR busca provar que cada réu contribuiu para o objetivo final, mesmo que de forma indireta.

Encaminhamentos e desdobramentos

O procurador-geral organizou as provas em uma linha do tempo para demonstrar as ações coordenadas que visavam manter Bolsonaro no poder, mesmo após o resultado das eleições. O uso de notícias falsas e a tentativa de manipulação de relatórios do Ministério da Defesa são apenas alguns dos pontos destacados na defesa da PGR. O desfecho desse caso pode ter implicações significativas para os réus e para o contexto político atual.

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