PGR solicita condenação de seis réus ligados a trama golpista

Procurador-geral argumenta sobre a tentativa de golpe e crimes atribuídos aos acusados

Paulo Gonet pede condenação dos réus em julgamento no STF sobre tentativa de golpe de Estado em 2022.

Acusados de trama golpista são analisados pelo STF

Na data de 9 de dezembro de 2025, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se em favor da condenação de seis réus envolvidos em uma trama golpista que visava desestabilizar o governo brasileiro em 2022. Durante sua sustentação oral, Gonet enfatizou que o grupo buscava promover o “caos social” com o objetivo de justificar uma intervenção criminosa e ilegal no país.

Gonet argumentou que “o cenário promovido era de aberta violência, o que reforça a materialidade do crime”. Os denunciados, conforme destacou o procurador, participaram ativamente dos objetivos ilícitos da organização criminosa e contribuíram significativamente para os eventos que merecem a punição da justiça. Essa manifestação ocorreu no contexto de um julgamento que envolve o núcleo 2 da trama golpista, um grupo que, segundo a PGR, visava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder de maneira irregular.

Réus e acusações

Os réus que estão sendo analisados no Supremo Tribunal Federal (STF) são: Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro; Fernando de Sousa Oliveira, delegado da Polícia Federal e ex-secretário-adjunto da Segurança Pública do Distrito Federal; e Marcelo Câmara, coronel do Exército. Juntos, eles são acusados de gerenciar ações golpistas e usar a máquina pública, especialmente a Polícia Rodoviária Federal (PRF), de forma irregular para atingir seus objetivos.

Além desses, outros três indivíduos estão sendo processados: Mário Fernandes, general da reserva do Exército; Marília Ferreira de Alencar, delegada da Polícia Federal e ex-subsecretária de Segurança Pública do DF; e Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF. Todos eles enfrentam graves acusações, incluindo tentativa de derrube da ordem democrática, participação em organização criminosa armada e danos ao patrimônio público.

Ações eleitorais e obstáculos

De acordo com a denúncia apresentada pela PGR, os réus atuaram com a intenção de dificultar o acesso de eleitores aos locais de votação, especialmente durante o segundo turno das eleições de 2022. A estratégia foi mais evidente na Região Nordeste do Brasil, que na época era um dos principais redutos do adversário político de Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva. Este movimento foi considerado uma tentativa direta de manipular o processo eleitoral a favor do ex-presidente.

Contexto do julgamento

A Primeira Turma do STF deu início ao julgamento dos réus em um momento crucial para o fortalecimento das instituições democráticas no Brasil. A natureza das acusações e as evidências apresentadas pelo procurador-geral reforçam a seriedade da situação e a necessidade de uma resposta judicial incisiva. A condenação dos indivíduos envolvidos nesta trama golpista pode representar um marco na luta contra a impunidade e a defesa da democracia no país.

O desfecho deste caso será acompanhado de perto pela sociedade, que espera um posicionamento firme do Judiciário em face das ameaças à ordem democrática. Assim, o STF se torna um bastião da justiça, avaliando não apenas os atos cometidos, mas também os impactos sobre o futuro político do Brasil.

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