Pinguins africanos enfrentam mortalidade em massa por falta de alimento

m colorida mostra pinguis-africanos na costa da África do Sul

Pesquisas revelam que a escassez de sardinhas causa a morte de milhares de pinguins na África do Sul.

A mortalidade em massa de pinguins africanos é atribuída à escassez de sardinhas, seu principal alimento.

Mortalidade alarmante de pinguins africanos

A população de pinguins africanos (Spheniscus demersus) tem enfrentado uma crise severa, com as mortes em massa atribuídas à falta de alimento, especialmente a escassez de sardinhas na costa da África do Sul. Um estudo recente revelou que cerca de 95% dos pinguins que se reproduziram nas ilhas Dassen e Robben entre 2004 e 2012 morreram de fome. Essa descoberta foi liderada por pesquisadores do Departamento de Florestas, Pescas e Meio Ambiente da África do Sul, em parceria com a Universidade de Exeter, no Reino Unido.

Causas da diminuição nas populações de sardinhas

A pesquisa, publicada na revista científica “Ostrich: Journal of African Ornithology”, aponta que as mortes dos pinguins estão diretamente relacionadas à diminuição da população de sardinhas, principal alimento das aves. Com a queda na disponibilidade de presas, os pinguins têm dificuldade em estocar energia antes da época da muda, um período crítico que dura aproximadamente 21 dias.

Impacto do fenômeno na cadeia alimentar

Durante a muda, os pinguins ficam incapazes de se alimentar adequadamente, pois devem permanecer em terra sem caçar. Essa situação se torna ainda mais complicada diante da diminuição das sardinhas, levando muitos pinguins à morte por fome. Os cientistas analisaram o número de casais reprodutores e pinguins adultos em muda nas ilhas Dassen e Robben entre 1995 e 2015, e as estimativas apontam que ambos os locais abrigavam cerca de 34 mil aves reprodutoras na década de 2000.

Medidas urgentes para salvar os pinguins

Dada a gravidade do problema, a expectativa é que as conclusões do estudo incentivem a criação de estratégias de gestão voltadas para a recuperação das populações de pinguins. Recentemente, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) classificou os pinguins africanos como “criticamente ameaçados de extinção”. O governo sul-africano já tomou algumas iniciativas, como o restabelecimento de áreas de proibição de pesca ao redor da Ilha Robben, após acordo entre setores de conservação e a indústria pesqueira local.

A importância da ação conjunta

Os especialistas alertam que o fenômeno não se limita às ilhas de reprodução e requer ações integradas ao longo de toda a costa sul-africana. Richard Sherley, biólogo envolvido no estudo, destaca que abordagens de gestão que restrinjam a captura de sardinhas quando a população estiver abaixo de 25% de sua biomassa máxima podem ser fundamentais para a sobrevivência dos pinguins. Medidas que garantam a proteção das sardinhas, especialmente as juvenis, também são essenciais para a recuperação das aves.

A situação dos pinguins africanos ilustra como as interações ecológicas são complexas e como a saúde de uma espécie pode impactar todo um ecossistema. Para garantir a sobrevivência dos pinguins africanos, a conservação do ambiente marinho e das populações de sardinhas é uma prioridade.

A comunidade científica espera que o aumento da consciência pública sobre a situação dos pinguins africanos contribua para ações efetivas em conservação e proteção das espécies em risco.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: m colorida mostra pinguis-africanos na costa da África do Sul

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