Após divisão entre potências globais, resolução será votada em busca de solução duradoura para a região.
O plano de paz de Trump para Gaza enfrenta desafios no Conselho de Segurança da ONU, com divisões entre os membros.
A votação crucial do plano de paz de Trump para Gaza
O plano de paz de Trump para Gaza enfrenta um momento decisivo com a votação no Conselho de Segurança da ONU marcada para hoje, às 17h ET. As potências mundiais estão divididas sobre a viabilidade desta proposta, que busca transformar um frágil cessar-fogo em uma solução duradoura para o conflito que aflige a região há décadas.
Incertezas e tensões no cenário internacional
As incertezas sobre o plano se intensificam à medida que a violência entre Israel e Hamas continua a ameaçar esse delicado processo diplomático. Enquanto isso, os palestinos em Gaza enfrentam uma grave crise humanitária, com fome e inundações se intensificando com a chegada do inverno. A pressão sobre o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, vinda de seus aliados da coalizão de direita, se torna evidente, uma vez que ele critica a resolução que propõe a criação de um futuro Estado palestino.
Detalhes do plano e suas implicações
O projeto de resolução do plano de Trump, que precisa de nove votos para ser aprovado, estabelece a criação de um “Conselho de Paz” que seria liderado pelo próprio presidente dos EUA. Além disso, sugere a implementação de uma Força Internacional de Estabilização (ISF) para substituir as Forças de Defesa de Israel em partes da Faixa de Gaza. Essa proposta representa a “fase dois” do plano de 20 pontos de Trump, que anteriormente resultou em uma troca de prisioneiros e um cessar-fogo que, embora frágil, tem se mantido até agora.
O apoio e a oposição ao plano
O apoio à proposta vem de países árabes como Qatar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Jordânia, assim como de Turquia, Indonésia e Paquistão. Contudo, a falta de menção ao Estado palestino na resolução provoca resistência entre alguns membros do Conselho de Segurança. A versão revisada sugere que, após a implementação de reformas pela Autoridade Palestina e o progresso na reconstrução de Gaza, poderá haver um caminho para a autodeterminação e a criação de um Estado palestino.
Reações e expectativas
Mike Huckabee, embaixador dos EUA em Israel, expressou otimismo em relação à aprovação da resolução, acreditando que estamos à beira de uma realinhamento histórico no Oriente Médio. Em contrapartida, a liderança israelense, pressionada por políticos de direita, reafirmou sua oposição à criação de um Estado palestino. O Hamas, por sua vez, condena o plano, alegando que representa uma nova forma de ocupação.
A dinâmica do Conselho de Segurança
Os membros permanentes do Conselho de Segurança, China e Rússia, têm o poder de vetar a proposta ou se abster. A situação se complica ainda mais com a apresentação de uma proposta alternativa pela Rússia, que reforça o apoio à autodeterminação palestina. O resultado da votação de hoje será crucial para a legitimidade internacional do plano e para o futuro da paz na região.
A votação se aproxima, e a expectativa é alta, com a possibilidade de que o destino do plano de paz de Trump e a esperança de um futuro mais estável para Gaza estejam em jogo.
Fonte: www.nbcnews.com