Plano do PCC: Medina não tinha escolta e poderia ter sido morto

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Promotor revela detalhes sobre plano de execução contra autoridades em SP

Operação do MPSP revela plano do PCC para matar o coordenador de presídios Roberto Medina.

Uma operação deflagrada pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo) e pela Polícia Civil pode ter salvado a vida do coordenador de presídios da região Oeste de São Paulo, Roberto Medina. A afirmação foi feita pelo promotor Lincoln Gakiya, em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (24). A operação foi deflagrada após a descoberta de um plano do PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar autoridades.

Monitoramento e ameaças

Após a prisão de traficantes em Presidente Prudente, a Justiça extraiu dados de celulares apreendidos e constatou o monitoramento de Medina, assim como de Gakiya, com mapeamento e filmagem de seus trajetos e veículos. Gakiya afirmou que Medina “já poderia ter sido executado”, dada a ausência de escolta do coordenador.

Estrutura do plano

De acordo com as investigações, as informações sobre a vida e rotina de Roberto Medina estavam em posse de um núcleo descrito como “sintonia restrita”, responsável por planejar a execução de autoridades. Outro núcleo da facção estava encarregado de levantar a rotina de Gakiya, com registros de seu caminho para o trabalho e academia, além da locação de um imóvel a apenas 900 metros de sua casa.

Uso de drones

Gakiya também revelou que o PCC chegou a enviar drones para monitorar sua residência no interior de São Paulo. Ele vê uma ligação entre esses atos e a execução do ex-delegado geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes, ocorrida em setembro deste ano. Segundo o promotor, o mesmo “salve” enviado pelo PCC determinando a morte de Ruy Ferraz também incluía a execução de Medina e dele próprio.

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