Plano de paz de Trump para a Ucrânia: principais pontos e implicações

Entenda as condições controversas apresentadas por Trump para o conflito entre Rússia e Ucrânia

Trump apresenta um plano de paz polêmico para a Ucrânia, com concessões territoriais à Rússia.

A guerra na Ucrânia e o novo plano de paz de Trump

Em 23 de novembro de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um novo plano de paz que visa encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia, um conflito que já se arrasta por quase quatro anos. Este plano surge em um contexto de impasse militar e crescente desgaste político na Ucrânia, onde o presidente Volodymyr Zelensky se vê diante de um dilema histórico: aceitar concessões territoriais à Rússia ou arriscar perder o apoio vital dos EUA.

Principais pontos do plano

O plano, elaborado pelo enviado especial Steve Witkoff em negociações com o negociador russo Kirill Dmitriev, apresenta 28 pontos. O aspecto mais controverso é a exigência de que a Ucrânia e seus aliados reconheçam como russas não apenas a Crimeia e o Donbass, mas também outras áreas ocupadas pela Rússia. Essa mudança territorial significaria um redesenho drástico do mapa, onde regiões como Lugansk e Donetsk passariam a ser consideradas parte da Rússia, com o consentimento dos Estados Unidos.

Concessões e consequências

De acordo com o plano, áreas como Kherson e Zaporíjia ficariam em uma situação indefinida, enquanto o restante de Donetsk se tornaria uma zona tampão desmilitarizada. Além disso, o Exército ucraniano seria reduzido para 600 mil soldados, e a Constituição da Ucrânia incluiria uma cláusula que impede o país de ingressar na Otan, com a promessa de que as tropas da aliança não seriam estacionadas em seu território.

Recompensas e garantias de segurança

Em troca dessas concessões, os EUA se comprometeriam a oferecer garantias de segurança, com promessas de desmantelar sanções e reintegrar Moscou em conselhos internacionais, além de abrir portas para parcerias em áreas estratégicas. O plano menciona também a destinação de ativos russos congelados para a reconstrução da Ucrânia, com uma divisão dos lucros entre EUA e a União Europeia.

A resposta de Zelensky

Zelensky afirmou que a Ucrânia analisará o plano, mas enfatizou que qualquer proposta deve garantir uma paz verdadeira e duradoura. Ele reiterou seu compromisso de defender a soberania ucraniana, mesmo diante das dificuldades impostas pelo plano. Por outro lado, Putin manifestou disposição para negociações, considerando o plano uma base para um acordo definitivo.

O futuro incerto

O governo Trump estabeleceu um prazo de resposta até 27 de novembro, com a advertência de que a recusa em aceitar o plano poderia resultar na suspensão de apoio militar e de inteligência por parte dos EUA. A situação permanece delicada, com negociações em curso e pressões de ambos os lados, enquanto o futuro da Ucrânia e sua relação com a Rússia continuam a ser um tema central nas discussões internacionais.

Fonte: www.metropoles.com

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