Senador destaca a necessidade de protagonismo indígena nas discussões ambientais
Plínio Valério defende protesto indígena na COP 30 e critica a atuação de ONGs.
Plínio Valério defende protesto de indígenas na COP 30
Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), realizada em Belém, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) manifestou apoio ao ato promovido por indígenas na noite de terça-feira (11). Em seu discurso nesta quarta-feira (12), o parlamentar destacou que o protesto reflete a indignação dos povos indígenas, que desejam ser ouvidos nas discussões que afetam suas vidas e terras.
A importância do protagonismo indígena
Plínio lamentou a escassa participação de representantes indígenas na COP 30, questionando a resistência em atender às demandas desses povos. “Os indígenas que têm um mínimo de conhecimento, e eles têm, querem ser protagonistas de sua história. Cansaram. Ninguém pode mais falar pelos índios. Eles estão dizendo isto: ‘Ninguém fala por mim, eu quero falar por mim'”, afirmou o senador. Essa mensagem, segundo ele, é um grito de autonomia e reconhecimento das experiências e saberes indígenas.
Críticas às ONGs
Além de defender os manifestantes, Plínio Valério criticou a atuação de organizações não governamentais (ONGs) na Amazônia. Relembrando o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado, da qual foi presidente, o senador afirmou que muitas dessas entidades não demonstram interesse pelas questões levantadas pelos indígenas. “As ONGs não se preocupam com isso, elas trocaram a ideologia pela realidade”, disse Plínio, enfatizando que as organizações têm promovido um movimento que distorce as necessidades reais das comunidades locais.
Narrativas e direitos
O senador ressaltou que as ONGs, ao tentarem impor suas visões sobre a gestão das terras indígenas, desconsideram o direito dos próprios indígenas de decidirem sobre suas vidas e territórios. “É um movimento ideológico que leva você, pela força da narrativa, a entrar nessa onda e achar que você tem o direito de dizer de que forma nós vamos viver. Não tem, você não tem esse direito de dizer como é que a minha casa deve ser gerida”, completou Valério, criticando a falta de diálogo genuíno entre as partes.
Conclusão
O ato dos indígenas na COP 30, apoiado por Plínio Valério, destaca a urgência de trazer suas vozes para o centro das discussões sobre mudanças climáticas, reafirmando seu papel fundamental na preservação da Amazônia e na luta por seus direitos. Essa interação é crucial para um entendimento mais profundo das realidades enfrentadas pelos povos indígenas e para a construção de políticas que realmente atendam suas necessidades e aspirações.