Plínio Valério critica a COP 30 e destaca a realidade da Amazônia

Agência Senado

Senador argumenta que conferência ignora as necessidades reais da região amazônica

Senador Plínio Valério critica a COP 30 por não atender às necessidades da Amazônia em seu pronunciamento no Plenário.

Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (11), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) fez duras críticas à 30ª Conferência das Partes da ONU para discutir as mudanças climáticas, conhecida como COP 30, que está sendo realizada em Belém. O parlamentar ressaltou que o evento repete um padrão de encontros anteriores, onde predominam discursos políticos que não geram resultados efetivos.

Plínio Valério argumentou que a COP 30 deveria ser uma plataforma para apresentar soluções para a crise climática, mas, segundo ele, se tornou um palco de promessas que estão distantes das necessidades reais da Amazônia. “A COP não mostra a verdadeira Amazônia. Nove a dez milhões de amazônidas não têm renda para comprar uma cesta básica”, afirmou o senador, destacando a contradição entre a riqueza em recursos naturais do Amazonas e a realidade de pobreza que afeta a maioria da população.

O senador também criticou a proposta do Brasil de criar o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (FTTT), apresentada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Essa iniciativa visa remunerar países que preservarem suas florestas tropicais, reservando 20% dos recursos para povos indígenas e comunidades tradicionais. No entanto, Plínio questionou a falta de transparência sobre os valores e a origem dos recursos internacionais, além de ressaltar que a proposta ignora a necessidade urgente de geração de emprego e renda na região amazônica.

Ele enfatizou que os investimentos prometidos não chegam à população que vive na Amazônia, que continua a enfrentar desafios como a pobreza e a falta de infraestrutura básica. “Essa gente nos condena a uma pobreza eterna. Querem nos colocar, nos impingir uma pobreza eterna. A Amazônia não salva nada”, declarou o parlamentar, acrescentando que a Amazônia, que representa apenas 1% do território do planeta, não deve ser vista como a única responsável pela salvação do planeta.

Plínio Valério destacou a hipocrisia presente nas promessas feitas em conferências climáticas anteriores, mencionando especificamente o Acordo de Paris. “Já vivemos 30 COPs em que os discursos são sempre os mesmos, as promessas idênticas e os fracassos cada vez mais evidentes”, afirmou, ressaltando que nada do que foi prometido se concretizou até o momento.

O pronunciamento de Plínio Valério chamou a atenção para a desconexão entre a retórica apresentada nas conferências internacionais e a realidade vivida pelos habitantes da Amazônia. O senador reforçou a necessidade de ações concretas e eficazes que atendam às demandas da população amazônica, ao invés de discursos vazios que não resultam em melhorias reais.

A COP 30, portanto, levanta questões cruciais sobre a eficácia das políticas globais em relação ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável, especialmente em uma região tão vital como a Amazônia. Para Plínio, é fundamental que as vozes dos amazônidas sejam ouvidas e que suas realidades sejam consideradas nas discussões sobre mudanças climáticas e políticas de preservação ambiental.

PUBLICIDADE

VIDEOS

Relacionadas: