A operação Mata-Nova investiga corrupção envolvendo agentes e um advogado
Dois policiais e um advogado foram presos sob suspeita de corrupção relacionada ao PCC.
Na manhã de 10 de dezembro de 2025, dois policiais do Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico) foram presos durante a operação Mata-Nova, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo. Os agentes estão sendo investigados por receber propina da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Além dos policiais, um advogado que supostamente cobrava dinheiro para suspender investigações também foi detido.
Detenção e bloqueio de bens
A prisão dos policiais e do advogado foi autorizada pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital. A Justiça determinou o confisco e o bloqueio de bens que totalizam R$ 1 milhão, quantia que se relaciona diretamente à propina paga ao grupo.
Contexto da investigação
A investigação que resultou nas prisões se intensificou após a captura de um motorista em 2024, que transportava 345 kg de drogas em um caminhão frigorífico. Este incidente levou ao acesso a materiais que indicavam a tentativa de obstrução da justiça, com um vídeo que mostrava uma negociação entre dois policiais do Denarc e o advogado. O traficante associado, conhecido como “Costurado”, é apontado como membro do PCC e gerenciava a logística financeira da organização criminosa.
Suspeitas de enriquecimento ilícito
Após a videochamada entre os envolvidos, levantamento de patrimônio revelou que os policiais adquiriram imóveis que não eram compatíveis com seus salários, levantando novas suspeitas sobre a origem de sua riqueza. Essa descoberta foi um fator crucial que levou à operação Mata-Nova.
Antecedentes do advogado
O advogado detido já possui um histórico criminal com condenações anteriores por extorsão mediante sequestro e associação criminosa, o que agrava ainda mais a gravidade das acusações contra ele e os policiais do Denarc envolvidos. A continuidade da investigação promete trazer mais revelações sobre a corrupção dentro das forças de segurança do estado.
A operação ainda está em andamento, e um terceiro policial está sendo investigado em conexão com os casos levantados durante as apurações.
Fonte: jovempan.com.br
Fonte: Agência


