Entenda os riscos e a compulsão por esse hábito
A vontade de espremer espinhas pode ter explicação neurológica, mas traz riscos à pele.
Em 02 de outubro de 2025, às 02:00, a vontade de espremer espinhas é um comportamento comum que pode ser explicado por fatores neurológicos. Apesar de oferecer uma sensação de alívio e prazer, essa prática pode resultar em danos à pele, como marcas, cicatrizes e infecções.
Compreendendo o comportamento
O ato de espremer espinhas ativa áreas do cérebro ligadas ao sistema de recompensa, liberando neurotransmissores como dopamina e endorfina, o que gera uma sensação de controle. Esse comportamento, segundo Siane, pode ser visto como uma herança de nossos ancestrais, que removiam impurezas do corpo como forma de autopreservação.
Riscos e consequências
Entretanto, a prática pode se transformar em um comportamento compulsivo conhecido como dermatilomania, que está associado ao transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Esse transtorno se caracteriza pela compulsão em coçar e cutucar a pele, podendo causar danos físicos e emocionais significativos, como culpa e ansiedade. A avaliação médica é crucial para esses casos.
A atração pelos vídeos
Além do ato de espremer em si, muitas pessoas sentem prazer em assistir a vídeos de espremer espinhas. Esses vídeos têm forte apelo nas redes sociais, pois despertam curiosidade mórbida e empatia sensorial, fazendo com que o cérebro reaja como se estivesse vivenciando a experiência. Isso gera uma descarga de prazer a cada visualização.
Tratamento e cuidados
Os riscos dermatológicos são significativos, pois a prática pode facilitar a entrada de bactérias, levando a infecções e cicatrizes. O dermatologista Luciano Morgado recomenda diversos tratamentos, incluindo géis, cremes e antibióticos, além de terapias a laser que ajudam a controlar a inflamação e melhorar a pele. A presença contínua de espinhas deve ser tratada adequadamente para evitar complicações maiores.