O presidente dos EUA fez 160 postagens em uma única noite, levantando questões sobre sua resistência

Donald Trump fez uma impressionante sequência de postagens no Truth Social, levantando preocupações sobre sua energia.

A maratona de postagens de Trump no Truth Social

Na noite de segunda-feira (2 de dezembro), Donald Trump, o presidente mais velho da história dos EUA, fez uma impressionante quantidade de postagens em sua rede social Truth Social, totalizando 160 em menos de quatro horas. Este evento não apenas atraiu atenção pela quantidade, mas também levantou questões sobre sua real stamina e capacidade de liderança, especialmente considerando sua idade avançada de 79 anos.

Mensagens oscilando entre ataques e autopromoção

Entre os posts, Trump não poupou críticas a alguns de seus mais recentes adversários, incluindo o senador Mark Kelly, citando o que considerou ações “não patrióticas” por parte de políticos que sugeriram que membros militares poderiam desobedecer ordens, caso consideradas ilegais. “Mark Kelly e o grupo de Políticos Unpatrióticos estavam ERRADOS e eles sabem disso!”, exclamou o presidente, seguindo uma linha de crítica que abrangeu figuras como Nancy Pelosi, Barack Obama e Joe Biden.

Além dos ataques, muitos posts tiveram um tom de autopromoção, compartilhando conteúdos que o enalteciam como “o maior presidente de todos os tempos”. Entre eles, um vídeo de um congressista republicano elogiando sua agenda. Essa mistura de mensagens parece ressoar bem com sua base de apoiadores.

Teorias da conspiração dominam as redes

Não obstante a carga pesada de autoexaltação, Trump também se dedicou a espalhar teorias da conspiração. Um dos posts aplaudiu Elon Musk, alegando que ele teria “salvado” a eleição de 2024 de um suposto roubo ao rastrear endereços IP na Sérvia. Em outro exemplo, Trump respingou sobre a ex-congressista Tulsi Gabbard, sugerindo que ela detinha documentos que exponham a suposta malfeitoria de Obama na chamada “hoax Russiagate”.

O ritmo ininterrupto da atividade de Trump nas redes

O frenesi da atividade de Trump nas redes sociais não se limitou à noite de segunda-feira. Após uma breve pausa, ele voltou na manhã seguinte a postar sobre as eleições governamentais na Geórgia e uma corrida congressional no Tennessee, colocando mais uma vez em destaque seu empenho em apoiar candidatos republicanos. “Truth Social é o melhor. Não há nada igual!!!”, exclamou ele, enfatizando sua lealdade à plataforma que lhe serve de megafone para suas opiniões e mensagens políticas.

Críticas sobre a repetição nas postagens

Uma característica notável dessa maratona de postagens foi a repetição. Muitas mensagens foram postadas duas vezes, uma vez na forma original e, em seguida, novamente com comentários adicionais, revelando uma estratégia de amplificação de suas mensagens. Isso pode indicar uma tentativa de garantir que suas ideias cheguem ao máximo de pessoas possível, mesmo que isso signifique saturar seus seguidores com conteúdo semelhante.

Considerações sobre a saúde e energia do presidente

A sequência de postagens gerou debates não apenas pela quantidade, mas também por sua relevância para a saúde e energia de Trump. Observadores fazem perguntas sobre sua capacidade de gerenciar questões de Estado, enquanto rumores sobre sua energia e resistência continuam a ser discutidos, especialmente em um cenário político tão polarizado e crucial como o atual. Embora suas postagens possam sugerir uma mente ativa e engajada, a percepção pública continua a ser influenciada por relatos de sua rotina e energia apenas médias para um presidente em sua posição.

Reflexões finais sobre o impacto de suas postagens

O evento destacou o poder das redes sociais na política contemporânea e o papel que figuras como Trump desempenham nesse espaço. Enquanto muitos apoiadores veem suas postagens como um canal direto para a verdade, críticos apontam para a proliferação de desinformação e teorias da conspiração. Assim, as postagens de Trump no Truth Social não são apenas uma coleção de mensagens, mas um reflexo da divisão política e da luta pelo controle narrativo entre diferentes visões de mundo.

Fonte: www.theguardian.com

Fonte: Alex Brandon/AP