Ano de 2025 teve enormes desafios, mas investidores ainda veem oportunidades para o banco estatal no futuro.

Banco do Brasil teve um ano complicado em 2025, mas analistas veem potencial para recuperação em 2026.

Introdução ao desempenho do Banco do Brasil em 2025

O Banco do Brasil (BBAS3) passou por sérios desafios em 2025, apresentando um desempenho financeiro que deixou muitos investidores apreensivos. Após um período de grande sucesso entre 2021 e 2024, onde o banco se destacou na bolsa e alcançou lucros recordes, a situação mudou drasticamente. Com o lucro caindo 60% e um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) reduzido para 8%, o banco enfrenta a perspectiva de um ano desastroso.

Atrasos e mudanças regulatórias

Uma das principais causas para esta queda foi a mudança nas normas do Conselho Monetário Nacional (CMN), que alterou a forma como os bancos devem provisionar suas carteiras de crédito. Essa nova resolução, que entrou em vigor em 2025, exigiu que os bancos antecipassem os riscos de crédito, o que se tornou um desafio especialmente em um momento de alta inadimplência no agronegócio. O índice de inadimplência no setor agrícola atingiu 8%, um recorde alarmante, e afetou diretamente os resultados do Banco do Brasil.

Impactos financeiros e ajustes necessários

Além disso, os executivos do banco relataram um aumento significativo nas provisões para inadimplência, subindo 52% só no terceiro trimestre, o que pressionou ainda mais os lucros. Comparado a outros grandes bancos, que cresceram mais de 50% em termos de valorização de mercado, o Banco do Brasil deve terminar o ano com uma queda de 10% em suas ações. Com isso, os investidores se questionam se o banco conseguirá se reerguer.

Oportunidades no horizonte para 2026

No entanto, o cenário não é totalmente sombrio. Especialistas, como Flavio Conte, da Levante, veem uma janela de oportunidade para investimento no Banco do Brasil. Embora o agronegócio enfrente dificuldades, uma recuperação no setor pode beneficiar o banco, especialmente se houver um cenário político favorável. O preço-alvo das ações é estimado em R$ 29, o que representa um potencial de alta de 35% em relação ao preço atual.

Medidas governamentais para suporte

O governo tem agido para mitigar os efeitos da crise no agronegócio, com a implementação de medidas como a Medida Provisória 1314, destinada a permitir a renegociação de dívidas rurais. Este apoio pode ser crucial para a recuperação não apenas do setor, mas também da saúde financeira do Banco do Brasil. As expectativas são de que, com a melhora nas condições do agronegócio, o banco possa reverter sua situação e restaurar a rentabilidade para dois dígitos, embora ainda distante dos 20% de retorno sobre patrimônio líquido que os investidores desejam.

Conclusão: um futuro incerto

Embora 2025 tenha sido um ano desastroso para o Banco do Brasil, as perspectivas para 2026 podem ser mais promissoras, dependendo de uma série de fatores, incluindo a recuperação do agronegócio e a influência de questões políticas no mercado. Investidores devem permanecer cautelosos, mas atentos às oportunidades que podem surgir com a recuperação do banco e do setor agrícola.

Fonte: www.moneytimes.com.br

Fonte: Fonte: Google Finance